Plano de Trabalho Conjunto 2024 com Nações Unidas orçado em 15,7 milhões de dólares

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Plano de Trabalho Conjunto 2024 com Nações Unidas orçado em 15,7 milhões de dólares
26/03/24 - 03:19 pm

Cidade da Praia, 26 Mar (Inforpress) – O Plano de Trabalho Conjunto 2024, entre Cabo Verde e as Nações Unidas, está orçado em 15,7 milhões de dólares e terá como prioridades estratégicas o talento humano, economia e ambiente, governação e coesão territorial.

O documento foi rubricado hoje, pela coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde e a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação à margem da reunião anual do Comité de Pilotagem, que decorre no âmbito da implementação do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável em Cabo Verde.

Durante a sua intervenção, Patrícia Portela de Souza, considerou que, neste momento, o contexto global e regional que se vive exige uma capacidade maior de análise e trabalho conjunto para impulsionar as prioridades definidas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS-2), de modo a acelerar os resultados e, por conseguinte, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Neste sentido, realçou que é preciso fortalecer ainda mais as antigas parcerias e criar novas alianças, inovar, mobilizar expertise, recursos e tudo o que seja necessário para avançar com a agenda de Desenvolvimento Sustentável em Cabo Verde.

“O Plano de Trabalho Conjunto 2024 representa uma parceria conjunta de 18 agências, fundos e programas das Nações Unidas presentes em Cabo Verde e está orçado em 15,7 milhões de dólares americanos, sendo que cerca de 13,2 milhões já estão disponíveis para execução, o restante será mobilizado durante o ano de 2024”, precisou.

Segundo disse, o talento humano, economia e ambiente, governação e coesão territorial são as três áreas estratégicas e prioritárias para este ano.

Explicou que, enquanto instrumento de operacionalização do quadro de cooperação das Nações Unidas, o plano está totalmente alinhado com o PEDS-2, a estratégia nacional de erradicação da pobreza extrema assim como as prioridades da transformação económica, digital ambiental sempre focado nos grupos mais vulneráveis de modo a não deixar ninguém para trás em todas as ilhas.

Patrícia Portela de Souza avançou ainda que o documento vai dar um enfoque especial em relação à redução das desigualdades de género, incluindo a violência baseada no género, na promoção dos direitos humanos.

"Nós somos ambiciosos e ousados, queremos mobilizar ainda mais porque o desenvolvimento precisa de reforços financeiros para avançar com as metas do plano”, referiu.

Entretanto, assegurou que pela primeira vez a elaboração foi feita através de uma plataforma online e que o seguimento permanente da implementação do plano será feito através de grupos de resultados estratégicos que a partir deste ano contará também com a co-liderança de uma instituição do Governo, sendo que até então era liderado por chefes de agências.

Por seu turno, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryam Vieira, manifestou o seu agrado pelo engajamento que todos os parceiros tiveram no exercício de planificação deste importante plano, tendo realçado que as Nações Unidas têm sido um importante parceiro do país ao longo de 49 anos.

“Persistem ainda um conjunto de desafios ao nível da execução do programa de cooperação com as Nações Unidas e que exigem um esforço conjunto acrescido para o aprimoramento dos mecanismos de coordenação entre os parceiros, não só com a NU, mas também, os parceiros nacionais e internacionais, bem como dos exercícios de transparência e prestação de contas”, sublinhou.

Neste sentido, defendeu que é necessário reforçar as parcerias existentes, de haver mais parcerias para o reforço das capacidades nacionais que permitam dar respostas eficazes e eficientes aos múltiplos desafios no actual contexto das crises mundiais.

Entretanto avançou que o resultado das actividades de 2023 apontam para a necessidade do reforço da capacidade nacional de orientação de programas e de projectos em determinados sectores, particularmente do ambiente, com ênfase no combate às alterações climáticas e na aceleração da transição energética.

Para Miryam Vieira, há uma urgência em termos acções, mas acções que potenciem, sobretudo, essa resiliência climática em Cabo Verde, enquanto Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento (SIDS, a sigla em inglês), mas também enquanto país de rendimento médio.

AV/HF

Inforpress/Fim

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