
Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – O primeiro-ministro assegurou hoje que as recentes e recorrentes falhas no fornecimento de electricidade no país resultam de avarias sistemáticas em grupos de geradores e não de uma insuficiência da capacidade instalada face à procura.
Ulisses Correia e Silva fez este esclarecimento no parlamento, durante o debate sobre “Sustentabilidade energética: perspectivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, proposto pelo grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - oposição).
O debate, centrado num sector crucial para a economia de Cabo Verde e para a qualidade de vida das populações, ocorre num contexto de falhas recentes no fornecimento de energia em várias ilhas.
O chefe do Governo rejeitou a ideia de um défice estrutural, sublinhando que a capacidade nominal instalada na Central de Palmarejo, na ilha de Santiago, é de 70 megawatts (MW), valor que supera largamente a actual procura máxima, que se situa nos 40 MW.
Garantiu que estão a ser implementadas medidas para estabilizar e normalizar o serviço de electricidade, nomeadamente através da recuperação dos grupos geradores avariados.
Em resposta à “situação anormal” de frequência e tipologia das ocorrências na Central de Palmarejo, o executivo anunciou que estão a decorrer acções de investigação aprofundada.
“Concomitantemente com os trabalhos de recuperação dos grupos geradores, estão em curso acções de investigação das avarias na Central de Palmarejo: investigação técnica, investigação criminal e investigação cibernética, face à situação anormal de ocorrências e de tipologia das avarias registadas”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
O primeiro-ministro relembrou ainda o contexto de crises externas - climáticas, sanitárias e económicas - enfrentadas por Cabo Verde desde 2016, mas defendeu que o Governo conseguiu reagir e recuperar, protegendo as pessoas e relançar a economia.
A meta, segundo Ulisses Correia e Silva é garantir 100% de acesso domiciliário à electricidade até 2026 e aumentar a produção de energia a partir de fontes renováveis "com preços acessíveis".
DG/CP
Inforpress/Fim
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