Outubro Rosa: Delegada de Saúde da Ribeira Grande reforça importância do diagnóstico precoce e do autocuidado

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Outubro Rosa: Delegada de Saúde da Ribeira Grande reforça importância do diagnóstico precoce e do autocuidado
07/10/25 - 01:54 pm

Ribeira Grande, 07 Out (Inforpress) – A delegada de Saúde da Ribeira Grande, Santo Antão, Florentina Lima, reforçou hoje a importância do diagnóstico precoce e do autocuidado, apelando às mulheres para procurarem regularmente os serviços de saúde e apostarem na prevenção.

“Não deve haver vergonha em procurar ajuda médica. A aposta tem de ser sempre na prevenção e o diagnóstico precoce é a chave para salvar vidas”, afirmou.

Florentina Lima, que falava à Inforpress no âmbito das actividades alusivas ao Outubro Rosa, mês dedicado à sensibilização sobre o cancro da mama, disse que a Delegacia de Saúde da Ribeira Grande desenvolve, todos os anos, um conjunto de acções comunitárias alusivas a esta data, com enfoque não apenas no cancro da mama, mas também na saúde integral da mulher.

“Muitas vezes, quando se fala da saúde da mulher, pensa-se apenas na parte ginecológica e não é isso. Trabalhamos com todas as faixas etárias e em todos os aspectos, dando especial atenção às idades-chave, nas quais é fundamental investir em acções de promoção e manutenção da saúde, bem como em rastreios preventivos”, sublinhou.

Segundo a responsável, neste Outubro Rosa, a delegacia realiza várias iniciativas comunitárias, incluindo programas radiofónicos, encontros com mulheres e homens nas comunidades, e uma Feira de Saúde em João Afonso, onde o destaque será a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro da mama.

A médica explicou que, durante a feira, as equipas vão ensinar as mulheres a fazer o auto-exame da mama, conhecer o próprio corpo e estar atentas a qualquer alteração anormal.

“Sabemos que uma grande percentagem dos diagnósticos é feita através da palpação. Por isso, mostramos às mulheres como examinar-se, para que estejam atentas e procurem ajuda logo que detectem algo diferente”, realçou.

Além das acções ligadas à saúde da mulher, o programa inclui também debates sobre estilos de vida saudáveis, factores de risco e prevenção de doenças crónicas como a hipertensão e a diabetes.

Florentina Lima lembrou que o cancro da mama também pode afectar os homens, embora com uma incidência reduzida.

“As estatísticas mundiais mostram uma prevalência de cerca de um por cento (%) entre os homens, por isso também os convidamos a participar nestas conversas e rastreios”, referiu.

A delegada reconheceu que ainda há “resistência e medo” por parte de algumas mulheres em procurar ajuda.

“Ainda existem mulheres que, ao detectarem um nódulo ou tumoração, escondem o problema da família. É fundamental reforçar a importância do autocuidado e da vigilância corporal”, alertou.

Na Ribeira Grande, segundo a médica, existem alguns casos de cancro da mama, com mulheres em tratamento na cidade da Praia e outras no exterior.

“Quando os casos já não são passíveis de cura e as doentes regressam à comunidade, os cuidados primários de saúde asseguram o acompanhamento paliativo, em articulação com os cuidados secundários”, acrescentou.

Florentina Lima evidenciou, por fim, que os cuidados primários de saúde assentam em quatro pilares fundamentais, entre os quais se destacam a promoção da saúde e a prevenção das doenças.

“Queremos trabalhar a saúde de forma geral e desde cedo porque é de pequeno que se torce o pepino”, salientou.

O Outubro Rosa é uma campanha mundial de sensibilização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, assinalada anualmente ao longo do mês de Outubro.

A iniciativa surgiu na década de 1990, nos Estados Unidos, e rapidamente se expandiu por todo o mundo, simbolizada pelo laço cor-de-rosa, que representa a luta e a solidariedade com as mulheres afectadas pela doença.

O principal objectivo é alertar para a importância do rastreio regular e do auto-exame das mamas, fundamentais para detectar o cancro numa fase inicial, quando as hipóteses de tratamento e cura são mais elevadas.

Durante este mês, diversas instituições de saúde, autarquias e organizações da sociedade civil promovem palestras, feiras de saúde, campanhas de rastreio e acções educativas, incentivando práticas de autocuidado e estilos de vida saudáveis.

LFS/HF

Inforpress/Fim

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