
Cidade da Praia, 27 Out (Inforpress) – Luís Carlos Barbosa foi nomeado novo coordenador da Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE), após o afastamento de Sandeney Fernandes, investigado por alegadas práticas de conduta imprópria e favorecimento pessoal.
De acordo com o Boletim Oficial n.º 203, II Série, de 27 de Outubro, Luís Carlos Barbosa, mestre em Contabilidade e Finanças, foi contratado mediante contrato de gestão para exercer as referidas funções.
A nomeação foi feita nos termos dos artigos 4.º, 23.º e 27.º do decreto-lei n.º 59/2014, de 04 de Novembro, que define o Estatuto do Pessoal Dirigente, conjugado com o artigo 61.º do decreto-lei n.º 26/2025, de 04 de Agosto, que estabelece a estrutura, organização e normas de funcionamento do Ministério das Finanças.
O contrato tem a duração de três anos, com efeitos retroativos a 01 de Outubro de 2025, e os encargos serão suportados pela rubrica orçamental Pessoal Contratado do Centro de Custo da UASE.
A Unidade de Acompanhamento do Setor Empresarial do Estado é responsável pela monitorização e coordenação das empresas públicas e participadas do Estado, desempenhando um papel estratégico na gestão e supervisão do setor empresarial público cabo-verdiano.
O cago era assumido temporariamente pela directora do gabinete do ministro das Finanças de Cabo Verde, Darlene Cruz.
No dia 11 de Agosto, o Governo anunciou o afastamento do coordenador da UASE, Sandeney Fernandes, investigado por alegadas práticas de conduta imprópria, favorecimento pessoal e tráfico de influências no exercício de funções públicas
A medida tem como objectivo salvaguardar o regular funcionamento da UASE e reafirmar o compromisso do Governo com a integridade, a transparência e o bom do sector empresarial do Estado.
Sandeney Fernandes está a ser investigado por suspeitas de corrupção e conflito de interesses, isto na sequência de um relatório da Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM), entidade que supervisiona o sector financeiro em Cabo Verde, nomeadamente os bancos e a Bolsa de Valores.
O documento aponta indícios de irregularidades na aquisição de acções da Caixa Económica de Cabo Verde (CECV).
AV/AA
Inforpress/Fim
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