CPLP: Director da Acção Cultural diz que 35 milhões de pessoas não alfabetizadas exige políticas robustas e assertivas

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CPLP: Director da Acção Cultural diz que 35 milhões de pessoas não alfabetizadas exige políticas robustas e assertivas
11/09/24 - 04:12 pm

Cidade da Praia, 11 Set (Inforpress) – O director da Acção Cultural e Língua Portuguesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), João Ima-Panzo, afirmou hoje que os 35 milhões de pessoas não alfabetizadas no espaço da Comunidade exige adopção de políticas robustas e assertivas.

No acto de encerramento da II Conferência Internacional sobre a Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos na CPLP, que decorre desde o dia 09, na cidade da Praia, João Ima-Panzo enfatizou que este número exige um compromisso contínuo e políticas que garantem a inclusão de todos.

No entender do director, na educação, enquanto direito humano fundamental, deve haver uma abordagem de indissociabilidade entre a alfabetização e a formação técnica e profissional, fundamental para os grupos mais vulneráveis como reclusos e pessoas com deficiência.

Durante estes dias, que reuniu peritos e especialistas dos vários países da CPLP, disse que se verificou um intenso debate que permitiu a exploração de temas importantes como as políticas de aprendizagem e educação de jovens e adultos para os próximos 12 anos.

Segundo João Ima-Panzo, a preocupação relativa ao empoderamento das mulheres através da alfabetização e sua participação activa em programas educativos, e os mecanismos de incentivo à inclusão social, género e educação estiveram igualmente na base da discussão.

Foi partilhada também, ressaltou, as realidades diversificadas sobre a organização e o funcionamento da alfabetização e educação nos diferentes países, os desafios do acesso e permanência na educação, partilha de boas práticas, o que sublinha a importância da formação científica, pessoal, social e profissional como pilares da educação para a cidadania.

“Continuar a promover o diálogo e a colaboração entre os nossos países é crucial para superar os obstáculos que ainda enfrentamos. Acreditamos que os resultados desta conferência devem ser partilhados e divulgados” recomendou, frisando que um evento desta magnitude no contexto multilateral, requer articulação e conciliação.

Por seu turno, o director Nacional da Educação, Adriano Moreno, garantiu que ao longo do evento ficou reforçado o compromisso colectivo de melhorar a educação de jovens e adultos nos países da comunidade.

Conforme explicou, a alfabetização é “a chave” que abre portas para a participação activa na sociedade, o acesso às melhores oportunidades de trabalho e para o empoderamento individual.

“Estamos convictos de que o legado desta conferência será sentido nos próximos anos. Voltaremos para as nossas comunidades e instituições com novas ideias, ferramentas e energia", assegurou.

Ao apostar na educação com qualidade para todos, sublinhou, está-se a contribuir para sociedades mais justas, inclusivas e equitativas.

LT/CP

Inforpress/Fim

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