Cidade da Praia, 09 Abr (Inforpress) – A Câmara Municipal da Praia e a Universidade Jean Piaget (Unipiaget) já dispõem de um protocolo que vai permitir e facilitar o processo de mobilidade dos estudantes com necessidades especiais, promover estágios e descontos nas propinas.
Assinado hoje pelo autarca praiense, Francisco Carvalho, e pela reitora da universidade Jean Piaget, Joanita Rodrigues, o acordo vai permitir às duas instituições trabalharem em colaboração para a implementação e desenvolvimento de projectos a nível de formação académica, pagamento de propinas e deslocação de estudantes visando a inclusão das pessoas com deficiência.
Na ocasião, o presidente da autarquia praiense, que considerou o momento de “extraordinário”, manifestou a sua “satisfação” sendo que juntos vão dar um contributo para a inclusão social e transformar a universidade numa instituição “mais forte” e o município numa cidade “mais acolhedora e educadora”.
Adiantou que a Câmara Municipal da Praia vai disponibilizar os seus autocarros para facilitar no processo de mobilidade urbana dos alunos com deficiência, designadamente deficiências motoras, auditivas e visuais que frequentam o estabelecimento de ensino superior, sendo que representa uma dificuldade acrescida para frequência e para o sucesso ao nível dos cursos.
Por outro lado, o protocolo vai beneficiar ainda 30 alunos com redução de propinas por ano, passando de 16 mil para 10 mil escudos e a câmara vai estar aberta também para acolher os estudantes para estágios.
Assegurou que todo o processo de preparação já está concluído e ainda hoje vão estabelecer o circuito e começar já para a próxima semana a fazer o transporte desses estudantes.
Por seu turno, a reitora da Uni-Piaget, Joanita Rodrigues, que manifestou a sua gratidão, disse que se trata de um passo “muito importante”, mas também de grande responsabilidade para a instituição que dirige. Este protocolo, acrescentou, premeia o desenvolvimento da cidade e promove o desenvolvimento humano e integral das pessoas.
“Nós avançamos desde o ano lectivo transacto com a criação de uma turma inclusiva, com deficiências várias, e esses alunos são integrados na nossa universidade, que por detrás tem um núcleo de acessibilidade e inclusão, coordenado pelo nosso investigador o professor Gilvan Vitor, que trabalha na sua tese de doutoramento que versa essencialmente sobre como incluir alunos com as necessidades especiais nas instituições”, apontou.
Para a reitora, trata-se de um desafio grande para a universidade, que sozinha não seria “suficiente” para dar vazão a todas as demandas que implicam ter esses alunos no estabelecimento de ensino superior.
“Neste sentido, desde sempre nós procuramos parcerias, protocolos para apoiarmos esses alunos, que também têm outras necessidades, que às vezes são aspectos de âmbito social, âmbito económico”, sublinhou a reitora que realçou que a universidade quer dar o passo que vai para além da integração, ou seja a inclusão.
Para que essa integração total leve à inclusão, adiantou que esses alunos vão integrar projectos de investigação e participar nas actividades de extensão universitárias.
Neste momento, a universidade conta com 30 alunos com necessidades especiais, sendo 28 em duas turmas de ciências da educação e dois em outros cursos.
O protocolo entra em vigor a partir desta quarta-feira, e será renovado automaticamente de forma indefinida.
AV/ZS
Inforpress/Fim
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