
Cidade da Praia, 10 Nov (Inforpress) – O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento (CCS) apelou à construção urgente de um pavilhão com dignidade na Cidade da Praia, capaz de responder à crescente procura e atrair mais empresas e investimentos para Cabo Verde.
O repto foi lançado por Marcos Rodrigues, hoje, em conferência de imprensa sobre a 28.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC 2025), que decorre de 19 a 22 de Novembro na Praia.
O presidente da CCS defendeu a necessidade urgente de construir um espaço adequado para reforçar o papel da FIC como principal motor de promoção económica e empresarial do país.
"(….) o caminho essencial e determinante é a construção de um pavilhão com dignidade nesta cidade da praia para receber a demanda e a procura que excede a nossa capacidade de resposta", apelou.
Sob o lema “Promovendo Oportunidades para o Crescimento Económico em Cabo Verde”, Marcos Rodrigues sublinhou que o evento continua a ser o “maior acontecimento empresarial do país”, uma das principais plataformas de promoção económica nacional e internacional na procura do novo modelo para o desenvolvimento de uma nova economia nacional.
O líder da CCS lamentou, contudo, a “pouca atenção” dada à FIC por parte do poder público, alertando que as actuais condições logísticas, nomeadamente o uso de um hangar, já não correspondem à dimensão e à importância que a feira alcançou.
“A FIC merece e deverá merecer, a curto prazo, uma atenção maior do ponto de vista do apoio na sua comunicação, estratégia, promoção nacional e internacional para que se cumpra o objectivo de construirmos um país muito mais dinâmico a nível empresarial e que traga benefícios, efectivamente, aos empresários que investem neste país e que procuram este país como uma fórmula de ganhar dinheiro, criar emprego e gerar riqueza”, defendeu.
Para o presidente da CCS, falta ter uma grande estrutura para que os empresários possam mostrar as suas actividades, ou seja, já é altura de o país ter um pavilhão à dimensão da nação que tanto se almeja construir.
Rodrigues sustentou que o sector empresarial nacional, responsável por cerca de 80% do Orçamento de Estado, precisa de condições adequadas para demonstrar o seu potencial e fortalecer a sua competitividade.
Entretanto lembrou que a FIC tem sido um instrumento vital do sector privado e deve ser reconhecida como um activo nacional de desenvolvimento económico, e neste sentido realçou que já é tempo de investir em equipamentos que reflictam essa importância.
O presidente da CCS defendeu ainda que o Estado deve assumir a responsabilidade pela construção do pavilhão, à semelhança do que acontece noutros países, e entregar a sua gestão ao sector privado.
“E é nesta perspectiva que nós queremos que o Estado de Cabo Verde tome essa decisão de construir esse espaço e nós poderemos geri-lo com a maior dignidade e podermos trazer mais investimentos, mais empresas e mais expositores a Cabo Verde”, perspectivou.
Durante o evento, Marcos Rodrigues destacou também as actividades paralelas que a Câmara de Comércio irá promover no âmbito da feira, incluindo debates sobre regulação, financiamento, empregabilidade e formação profissional, temas que, segundo disse, “são fundamentais para o fortalecimento do tecido empresarial nacional”.
A FIC 2025 contará com 300 estandes, deverá reunir centenas de empresas nacionais e estrangeiras, delegações de vários países e contará com todos os sectores da economia nacional, desde o agronegócio à indústria, passando pelo comércio e pelos serviços.
Para além de Cabo Verde, estão também confirmadas presenças de empresas de Portugal, Brasil, França, Espanha, Estados Unidos da América, São Tomé e Príncipe, Senegal e Gâmbia, bem como visitas de missões empresariais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Câmara de Comércio Luso-Alemã.
AV/ZS
Inforpress/Fim
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