Cidade da Praia, 23 Abr (Inforpress) – Cabo Verde acolhe a partir de quinta-feira, 24, a Cimeira Africana de Cuidados de Saúde, um evento que as autoridades do país consideram “importante” por reforçar a abordagem de “Uma só saúde” no continente africano.
“Cabo Verde e o Ministério da Saúde regozijam-se com este evento por ser a primeira a ser realizado num país lusófono pela Zenit Global Health e por reforçar a abordagem de uma só saúde, pensando sempre na saúde humana, animal e ambiental num único contexto”, disse a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) durante uma conferência de imprensa para falar do evento, que acontece esta quinta-feira, na cidade da Praia.
Segundo Maria da Luz Lima, apesar de mais de 60 por cento (%) das doenças que ocorrem na região africana serem de origem zoonótica, ou seja, dos animais, também tem outras, cujas consequências devem-se às mudanças climáticas.
“Nesta questão temos a necessidade de promover uma vigilância ambiental e um olhar holístico da saúde, não só a humana, mas em todo o seu determinante”, afirmou, apontando como factores determinantes da saúde, a questão alimentar, educação, ambiental e, vários outros.
Relativamente ao evento, a presidente da Zenith Global Health (União Global de Saúde), Mary Akangbe, considerou tratar-se de uma missão que visa garantir equidade de saúde global e ajudar todos os países a alcançar a saúde ideal para os povos e a pesquisa.
“Este ano, tentamos focar nos problemas do continente, encontrar as suas raízes e ver como podemos trabalhar juntos para abordar as dificuldades existentes. Vamos falar sobre como a tecnologia está ajudando nessa área e sobre uma melhor preparação para as pandemias”, acrescentou, frisando que para uma melhor saúde é preciso também o reforço dos recursos humanos.
A cimeira, que acontece sob o tema “Promover a abordagem one health: salvaguardar a saúde de África e do planeta”, reúne na Praia decisores políticos, representantes do sector público e privado, parceiros técnicos e financeiros, organizações sub-regionais e internacionais, organizações da sociedade civil, instituições académicas, bem como profissionais de saúde de todo o continente africano.
PC/CP
Inforpress/Fim
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