
Sal Rei, 07 Out (Inforpress) – O Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa) denunciou hoje alegadas “ilegalidades laborais” na Boa Vista, alertando para “vínculos precários, salários insuficientes e carga horária ilegal” nos sectores da saúde e forças de segurança.
O presidente do Siacsa, Gilberto Lima, que se encontra na ilha desde 05 de Outubro em jornada de auscultação, classificou a Boa Vista como a ilha mais cara do país devido ao custo de vida.
Considerou a proposta de fixar o salário mínimo nacional em 24 mil escudos apenas em 2027 como “tardia e insuficiente” e apelou aos operadores privados para que se antecipem ao Governo e promovam aumentos salariais.
Na classe dos bombeiros, apesar de reconhecer melhorias a nível de equipamentos, o sindicalista exigiu a “correcta aplicação do PCFR” (Plano de Carreira, Funções e Remunerações), afirmando que o subsídio de risco está a ser indevidamente incorporado no salário mínimo.
Gilberto Lima informou que irá accionar a Inspecção Geral do Trabalho (IGT) para fiscalizar as instalações dos bombeiros, e não descarta a possibilidade de apoiar uma greve.
O sindicato criticou o Ministério da Justiça por planear a formação de novos agentes sem resolver, em primeiro lugar, as pendências salariais e de Previdência Social dos agentes da sexta incorporação, bem como a situação dos delegados sindicais transferidos.
Manifestou ainda "forte preocupação" com os profissionais de saúde, denunciando pendências que se arrastam há dois anos e três meses de salários em atraso.
Gilberto Lima também criticou a existência de uma carga horária excessiva e ilegal para auxiliares e enfermeiros e avisou que o sindicato irá recorrer à luta ou aos tribunais caso as exigências não sejam atendidas.
MGL/CP
Inforpress/Fim
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