Boa Vista: Grávidas denunciam falta de atendimento médico e dificuldades de acesso a exames

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Boa Vista: Grávidas denunciam falta de atendimento médico e dificuldades de acesso a exames
23/07/25 - 03:11 pm

Sal Rei, 23 Jul (Inforpress) – Algumas gestantes residentes na Boa Vista denunciaram hoje a falta de atendimento médico e dificuldades de acesso a exames na ilha, expressando sua insatisfação e preocupação com a precariedade dos serviços de saúde reprodutiva na ilha.

As reclamações, que incluem a falta de médicos especialistas e a dificuldade em realizar exames essenciais, pintam um quadro alarmante da assistência pré-natal disponível.

As denúncias, que apontam para a ausência de médicos obstetras e ginecologistas e a sobrecarga dos serviços e médicos de clínica geral existentes, se veem obrigados a “desdobrar-se em diversas funções”, além de gerar atrasos consideráveis nas consultas.

A gestante Simoni Lima expôs a realidade vivida pelas gestantes que têm consultas agendadas e de momento não há médico disponível para suprir essa necessidade, afirmando que estão sem gineco-obstetra há cerca de um mês, porque o que estava foi embora e ainda não colocaram uma pessoa para responder às necessidades da ilha.

"Em vez de nós irmos para frente, estamos a dar para trás", desabafou, apelando à intervenção governamental para toda a população.

O testemunho da gestante Edineia Sanches confirma as queixas e destaca as dificuldades no acesso a exames cruciais, que também é uma queixa recorrente, ela conta que tem uma ecografia para fazer, mas que não consegue porque não há médico e se vê forçada a viajar para a cidade da Praia em busca de serviços básicos de saúde.

“Hoje eu vim à PMI pedir um papel para ver se consigo ir à Praia fazer todos os exames de grávida, para poder seguir a gravidez”, afirmou.

Apesar do descontentamento e denúncias, a Delegacia de Saúde da Boa Vista, contactada pela imprensa, limitou-se a informar que fará um pronunciamento em momento posterior.

Enquanto isso, as grávidas, crianças e famílias esperam que as autoridades competentes tomem medidas urgentes para garantir o acesso e atendimento médico digno e completo para todos na ilha.

MGL/HF

Inforpress/Fim

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