Associação de Agências de Viagens e Turismo considera chegada de companhias ‘low cost’ a Santiago “um marco histórico”

Cidade da Praia, 16 Out (Inforpress) – A presidente da Associação das Agências de Viagens e Turismo (AAVT), Marvela Rodrigues, afirmou hoje que a chegada das companhias aéreas ‘low cost’ EasyJet, Transavia e Edelweiss marca um “momento histórico” para o turismo em Santiago.

Em declarações à Inforpress, Marvela Rodrigues sublinhou que as novas ligações previstas para finais de Outubro, vão facilitar o acesso à ilha de Santiago, tornando as viagens “mais acessíveis e frequentes”, sobretudo para visitantes europeus oriundos do Reino Unido e de Portugal, dois mercados estratégicos para o destino Cabo Verde.

Segundo aquela responsável, a presença destas transportadoras vai aumentar a competitividade do sector e contribuir para um fluxo turístico mais constante ao longo do ano, não se limitando apenas às épocas altas.

“É com grande expectativa que aguardamos este momento, que vai favorecer o turismo e o mercado cabo-verdiano. O impacto já começa a ser sentido, com uma procura crescente, sobretudo nos voos de Portugal para Dezembro, que estão praticamente esgotados”, revelou.

A dirigente explicou ainda que as tarifas variam conforme a antecedência da compra, mas que o essencial é o efeito democratizador que os voos ‘low cost’ trarão ao turismo nacional.

Marvela Rodrigues acredita que as agências de viagens deverão assumir um papel mais abrangente, oferecendo pacotes dinâmicos que integrem bilhete, alojamento, transporte e experiências locais, de forma a garantir “um turismo de maior qualidade e valor acrescentado”.

“O mercado já existe e, com a chegada das ‘low cost’, temos tudo para crescer com qualidade. Mas é preciso trabalhar internamente, com diálogo entre as agências, o Governo e os parceiros do turismo, para garantir melhores serviços e gestão”, defendeu.

A presidente da AAVT destacou também que a entrada destas companhias poderá contribuir para a redução das tarifas aéreas e para a diversificação da oferta turística.

“Todos terão de ajustar preços e melhorar serviços. Hoje, não se trata apenas de vender viagens, mas de oferecer experiências e qualidade”, observou.

Questionada sobre a capacidade de resposta do sector ao aumento previsto de turistas, reconheceu que será necessário reforçar a formação e a coordenação interna, mas assegurou que as agências estão preparadas para a nova fase.

“Trabalhamos com operadores internacionais e estamos prontos para receber mais turistas. O importante é garantir que quem nos visita tenha vontade de regressar e recomendar Cabo Verde como destino”, referiu.

Em jeito de conclusão, Marvela Rodrigues considerou que a chegada das companhias ‘low cost ‘representa “um marco na democratização das viagens e na diversificação do turismo cabo-verdiano”, apelando à preparação do país para responder a essa nova dinâmica de forma sustentável.

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