Cidade da Praia, 04 Jul (Inforpress) – A presidente da Associação das Agências de Viagens e Turismo destacou hoje que a implementação de um Terminal de Cruzeiros no Porto da Praia vai trazer grande importância estratégica, económica, turística e social para Cabo Verde.
Em entrevista à Inforpress, a presidente da associação, Marvela Rodrigues, ressaltou que a ilha de Santiago é um dos principais pontos de “potencialização” como destino turístico internacional, por ser a maior ilha e também a mais popular do país.
Destacou que esta ilha, com a grande diversidade natural, cultural e histórica que tem, incluindo a Cidade Velha que é um património mundial da Unesco, seria importante ter um terminal de cruzeiro que facilitaria o acesso a milhares de turistas, ampliando a visibilidade internacional da ilha de Santiago.
Marvela Rodrigues lembrou que a cidade da Praia recebeu entre 2024 e 2025 cerca de 30 navios cruzeiros e que isso contribui para impulsionar e dinamizar os sectores como, a gastronomia, o artesanato, os guias turísticos, os transportes e a animação cultural, a restauração e o comércio local.
Para atrair maior número de turistas, defendeu que já é o momento de se pensar num terminal de cruzeiros na Praia, à semelhança da ilha de São Vicente.
A presidente desta associação defendeu, igualmente, a recuperação do porto, em Pedra Badejo, no município de Santa Cruz e também do Tarrafal de Santiago, que seria uma mais valia para esta ilha, sobretudo na ligação entre as ilhas.
Em Santa Cruz explicou, que ficaria mais perto, os turistas fazerem um passeio do navio para ilha do Maio, e voltarem no mesmo dia, a partir deste município, ao invés da cidade da Praia.
Questionada sobre o que é preciso ser feito para atrair mais turistas para a ilha de Santiago, tendo em conta que a maioria vai para as ilhas do Sal e Boa Vista, defendeu que é “crucial” trabalhar na melhoria da prestação dos serviços, incluindo a melhoria das ofertas turísticas, ter mais guias qualificados e apostar mais em gastronomia para atraí-los.
“Temos algo que é natural, que é sol e praia. Mas não basta só ter sol e praia, é preciso ter um bom restaurante e apostar na gastronomia. Os guias também precisam ser melhor informados e formados para transmitirem a nossa história da melhor maneira possível aos visitantes”, disse a presidente desta associação.
Neste particular, apontou que o maior desafio neste momento é ter guias suficientes para fazer todos esses trabalhos, apontando que a ilha carece de mais guias para acompanhar os turistas.
“Precisamos ter mais guias, preparar o nosso artesanato e ter os sítios que são visíveis para os turistas. Os restaurantes também precisam se organizar melhor para receber grupos, porque às vezes os restaurantes não estão preparados para trabalhar com grandes grupos. Portanto, é preciso arrumar todos esses sectores para receber cada vez melhor os turistas”, vincou.
Continuou dizendo que quando se quer ter um turismo de qualidade os operadores económicos têm de apostar mais e prepararem-se da melhor forma possível para mostrar a morabeza deste país para os turistas.
DG/HF
Inforpress/Fim
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