São Vicente: Presidente diz que câmara trabalha em turnos para minimizar vazamentos de esgoto (C/áudio)

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São Vicente: Presidente diz que câmara trabalha em turnos para minimizar vazamentos de esgoto (C/áudio)
13/12/25 - 02:36 pm

Mindelo, 13 Dez (Inforpress) – O presidente da Câmara de São Vicente afirmou que o serviço de saneamento da autarquia tem trabalhado em regime de turnos para minimizar os problemas de vazamento de esgoto registados em várias zonas da ilha.

Augusto Neves respondia à Inforpress que o questionou sobre o vazamento de esgotos em várias zonas de São Vicente, sobretudo em Ribeira de Craquinha, Ribeira de Passarão, Pedra Rolada e Ribeirinha, em frente à Escola Jovino Santos,

Segundo o autarca há quatro meses que a câmara tem trabalhado para resolver este problema e já praticamente não dispõe de equipamentos, uma vez que os existentes se encontram todos avariados, devido à avalanche de trabalho após a tempestade Erin.

“Até um carro que veio da Praia regressou totalmente destruído devido a tanto trabalho. O nosso carro está com muitos problemas e, neste momento, estamos à espera de um carro de desobstrução de esgoto que chegará a qualquer dia de Oeiras (Portugal). Entretanto, vamos dando continuidade a esse trabalho, com muitas dificuldades”, explicou.

 

Conforme avançou, a câmara já diligenciou no sentido de lançar, com alguma urgência, um concurso para a compra de um carro novo. Clarificou, no entanto, que este tipo de concurso demora seis meses ou mais, porque esses carros não estão prontos à venda, mas são construídos após a compra de partes diferentes, como motores e bombas.

“são veículos extremamente caros, que custam entre 35 e 40 mil contos. Às vezes, a câmara precisa de um carro desse tipo, mas não é assim tão fácil. No entanto, estamos a trabalhar nesse sentido e a câmara municipal tem dado resposta, com os trabalhadores a trabalharem em turnos para ultrapassar a situação”, sublinhou.

O presidente da câmara referiu ainda que, na falta de equipamentos adequados, a autarquia tem recorrido a “métodos menos normais como a abertura de esgotos”, prática que seria evitável caso tivessem meios de desobstrução apropriados.

Para Augusto Neves, a falta de equipamentos constitui um problema estrutural em São Vicente e em Cabo Verde, considerando que as chuvas provocadas pela tempestade Erin serviram de alerta para a necessidade de reforço dos meios técnicos para poder ajudar a ilha e qualquer outro município que tenha necessidade.

“O problema de Cabo Verde é a falta de equipamentos, por isso solicitamos apoio a Oeiras que enviou uma equipa para fazer o levantamento da situação. Na semana passada, a equipa esteve novamente na ilha e já foi disponibilizado um carro de esgoto para ajudar até conseguirmos obter um novo. O Porto [Câmara Municipal] também enviou um carro de lixo, que já está a operar na limpeza da cidade”, informou.

O autarca reconheceu que a situação tem sido complexa, revelando que uma bomba adquirida pela câmara em Maio, só agora chegou às Alfândegas de São Vicente para substituir um equipamento avariado.

“A situação está difícil. Sabemos que há zonas nas ribeiras que são complicadas, mas vamos ter de ultrapassar. Espero que os trabalhadores tenham feito tudo para realmente amenizar e regularizar a situação”, concluiu.

CD/JMV

Inforpress/Fim

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