José Maria Neves condena tentativa de golpe de Estado no Benim e defende tolerância zero

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José Maria Neves condena tentativa de golpe de Estado no Benim e defende tolerância zero
07/12/25 - 01:46 pm

Cidade da Praia, 07 Dez (Inforpress) - O Presidente da República afirmou hoje que foi surpreendido pela notícia de uma tentativa de golpe de Estado no Benim e defendeu tolerância zero contra quaisquer golpistas, sendo que extremismos e populismos nunca representam solução.

“Fui acordado esta manhã com a notícia de uma tentativa de golpe de Estado na República do Benim, país membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), escreveu José Maria Neves na sua página oficial do Facebook.

Reiterou que se impõem “tolerância zero com golpistas, em todas as latitudes e circunstâncias”, sublinhando que não existem golpes bons ou maus, pois todos representam uma ameaça à estabilidade e nunca constituem solução para os problemas estruturais, políticos ou económicos dos Estados.

Segundo o chefe de Estado, a situação no Benim encontra-se já sob controlo, destacando que as Forças Armadas assumiram uma postura republicana, respeitaram a Constituição e o poder civil, e garantiram o normal funcionamento das instituições democráticas e do Estado de direito.

José Maria Neves reforçou a necessidade de continuar a investir no fortalecimento das instituições, no respeito pelas regras democráticas e na consolidação de forças armadas comprometidas com a República e ao serviço do país.

O Presidente defendeu mais uma vez a posição firme em relação aos acontecimentos na Guiné-Bissau, insistindo na condenação do golpe, na restauração da ordem democrática, na libertação de todos os detidos e na divulgação dos resultados eleitorais, assegurando que o poder seja entregue a quem foi legitimamente eleito nas urnas.

Segundo a agência Associated Press, um grupo de soldados surgiu hoje na televisão estatal do Benim a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado.

O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou hoje a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

O Presidente, Patrice Talon, está no poder desde 2016 e deveria sair em abril, após as eleições presidenciais.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

AV/CP

Inforpress/Fim

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