
Mindelo, 07 Nov (Inforpress) – O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) criticou hoje, no Mindelo, as opções feitas para o Orçamento do Estado (OE) para 2026 que “não é um instrumento de mudança e sim de continuidade”.
João Santos Luís fez estas considerações em conferência de imprensa na qual indicou que as previsões oficiais mostram indicadores que podem transmitir uma imagem de confiança e equilíbrio, mas na verdade está-se perante um Estado que “mantém o peso da máquina estatal, reduz o investimento produtivo, limita o futuro e desampara os necessitados”.
“Este Orçamento do Estado para 2026 não é um instrumento de mudança, é um documento de continuidade. Continuidade da dependência, da estagnação e da injustiça social”, sublinhou a mesma fonte, para quem precisa-se de um orçamento que liberte a economia, invista na produção nacional e melhore as condições de vida dos trabalhadores e pensionistas.
Ainda mais longe, o presidente da UCID considerou que o OE tem de trazer esperança aos jovens e estudantes.
Para já, um orçamento que, acrescentou, precisa olhar para o futuro com visão estratégica, reforme o sistema fiscal, racionalize a despesa pública, e recoloque o investimento produtivo no centro das prioridades nacionais.
“Cabo Verde merece mais do que estabilidade de números, merece estabilidade de oportunidades, justiça social e progresso para todos os cabo-verdianos”, reiterou João Santos Luís.
Como outras das prioridades que deveriam ser priorizadas pelo Governo no OE, a UCID alistou ainda o saneamento básico, qualificado pelo partido como “uma vergonha nacional”.
Sendo assim, o partido vai levar as propostas à discussão do documento na próxima sessão da Assembleia Nacional e espera ter a abertura do Governo para acolher as contribuições.
E só a partir daí que a UCID, segundo João Santos Luís, decidirá o seu sentido de voto.
LN/CP
Inforpress/Fim
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