Ilha do Sal: Nova direção da Guiantur toma posse com foco na formação, profissionalização e regulação do sector

Espargos, 16 Out (Inforpress) - A nova direção da Associação Cabo-verdiana de Guias e Animadores Turísticos (Guiantur) tomou hoje na ilha do Sal, numa cerimónia que marca o início de um mandato que se anuncia "verdadeiramente desafiante".

Sob a liderança do presidente, António Rodrigues da Rosa, a nova direção diz ter como foco principal a melhoria da qualidade dos serviços e a regulamentação da actividade.

Em entrevista à comunicação social, António Rodrigues da Rosa sublinhou a importância de colmatar as lacunas de informação e de capacitação dos guias.

"O desafio de representar a associação Guiantur é enorme, porque temos uma deficiência em termos de informações", afirmou António Rodrigues da Rosa.

A formação e a reciclagem dos guias são prioridades, nomeadamente em "idiomas, cultura geral, gastronomia de Cabo Verde, a história em si, principalmente da ilha do Sal", onde a maioria trabalha.

A nova direção já tem projectos concretos para responder a esta necessidade.

Um dos planos mais avançados é a assinatura de um memorando de entendimento com a "Sal Academy" para a realização de múltiplas formações.

O presidente revelou que um dos cursos já tem cerca de 50% do financiamento garantido, e a associação trabalhará para conseguir o restante, de forma que os guias possam pagar "um valor mais baixo".

Outro “pilar” da nova gestão é a implementação da carteira profissional de guia turístico.

António Rodrigues da Rosa confirmou que a questão da carteira "vai ser mesmo implementada", e que a fiscalização está para breve, assim que for concluída a entrega da remessa que está pendente.

"Quem não tiver carteira vai ficar de fora", alertou o presidente, sublinhando que a carteira profissional é "um benefício para os guias", pois melhora a sua imagem e credibilidade. 

A Guiantur, que representa os guias de todo o arquipélago, enfrenta o desafio de aumentar e regularizar o número de associados. 

O presidente da direção cessante indicou que a associação tinha cerca de 150 guias no Sal, mas muitos "saíram do país", o que tem sido um constrangimento.

António Rodrigues da Rosa é taxativo, ao afirmar que “uma associação para funcionar tem que ter associados e os associados têm que estar regularizados", com as quotas em dia.

Assim, guias, animadores e até vendedores de excursões "vão ter que estar associados em alguma associação". 

A nova direção da Guiantur compromete-se a “lutar para que todos os guias obtenham a carteira e se associem”, reconhecendo que os guias de Cabo Verde têm uma "responsabilidade enorme" e que representam "praticamente o país aos olhos dos turistas".

A busca por informações fidedignas, incluindo o uso de livros de autores locais, é incentivada para garantir a qualidade do que é transmitido.

NA/JMV

Inforpress/Fim