Maio: Falta de ligação marítima afecta operadores económicos e condiciona festa de Santa Cruz

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Maio: Falta de ligação marítima afecta operadores económicos e condiciona festa de Santa Cruz
30/04/25 - 05:25 pm

Porto Inglês, 30 Abr (Inforpress) – A falta de ligações marítimas com a ilha do Maio está a afectar os operadores económicos locais, provocando o cancelamento quase total das reservas em hotéis e residenciais e condicionando a realização da tradicional festa de Santa Cruz.

Andrea Vaz, gerente da Porto Inglês Tour, explicou à Inforpress que a ausência de ligações marítimas levou ao cancelamento de todas as reservas da residencial que gere.

“Criámos um pacote especial para a festa de Santa Cruz. Houve muita procura e já estávamos com a lotação esgotada para o fim-de-semana. No entanto, com a falta de transporte marítimo, todas as reservas foram anuladas”, lamentou.

No Atlantic Houses, o cenário é semelhante. Oriano Miranda, gerente da unidade, disse que os cancelamentos atingiram os 95%, devido à instabilidade nos transportes.

“Estamos praticamente sem hóspedes. As pessoas têm receio de vir à ilha e não conseguirem regressar. Devíamos estar cheios nesta altura”, afirmou.

A situação de cancelamentos de viagens marítimas tem afectado toda a rede de operadores, nomeadamente os serviços de restauração, aluguer de viaturas e de guia de turismo, que tem estado com as suas actividades condicionadas.

A festa de Santa Cruz, celebrada anualmente a 3 de Maio, mas que arrancou no início de Abril, tem se ressentido dos sucessivos cancelamentos. Sem viagens, a celebração tem se restringido aos locais. 

“Muitas pessoas queriam vir de fora, mas a falta de barco dificultou a presença de mais participantes”, disse Djila, um dos organizadores.

A situação começa também a afectar o comércio local, com a escassez de alguns produtos alimentares, como frutas e verduras, já que a última ligação marítima ocorreu há cerca de uma semana.

Prevê-se uma ligação Praia-Maio nesta quinta-feira, mas ainda sem garantias de horários porque, como dizem os operadores, têm estado a navegar em um “mar de incertezas” em relação aos transportes marítimos. 

RL/ZS

Inforpress/Fim

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