Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – A Universidade de Cabo Verde ministra, de hoje a 16 do corrente, um workshop prático em Inteligência Artificial que visa reforçar as competências de estudantes e recém-formados em engenharia, tecnologias e multimédia nesta ferramenta inovadora.
O workshop está a ser promovido pelo Centro de Empregabilidade Francófono e ministrado pelo professor doutor associado na área de Ciências da Computação da Universidade Gaston Berger, Saint-Louis/Senegal, Jean Marie Dembélé.
Trata-se, segundo a instituição, de uma introdução prática e conceptual aos Modelos de Linguagem de Grande Porte (LLMs) de código aberto e à sua personalização através de técnicas de afinação.
Com isso, a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) pretende reforçar a empregabilidade dos estudantes e diplomados, através do desenvolvimento de competências avançadas em matéria de programação e desenvolvimento de competências no domínio da Inteligência Artificial (IA).
O pró-reitor para as áreas da Tecnologia, Inovação e Dados da Uni-CV vê esta acção de capacitação como algo "muito importante", tendo em conta o "papel fundamental" que a IA desempenha neste momento para a sociedade.
“Portanto, convém que todos estejamos cientes dela. Nós aqui na universidade utilizamos a inteligência artificial na óptica do utilizador, mas também contribuímos para a criação ou para o desenvolvimento da inteligência artificial”, afirmou.
Avançou que serão abordados os principais modelos existentes hoje, como o LLaMA da Meta, e o GEMMA da Google.
“Mas, como disse, a ideia é ir um bocadinho mais a fundo. Ver basicamente a formação na perspectiva das pessoas que participarem, contribuírem para o desenvolvimento da própria inteligência artificial e não serem meros consumidores”, sublinhou.
Por seu lado, o formador, Jean Marie Dembélé, destacou a transformação provocada pela inteligência artificial no modo de trabalho, salientando que esta ferramenta não substitui os humanos, mas que potencializa a sua produtividade.
“Ou seja, o que podíamos fazer com uma pessoa, duas ou três, agora a IA nos permitirá fazer muito mais rápido”, justificou, para quem é preciso entendê-la bem, como foi treinada, como foi construída, e só assim será possível aumentar a produtividade.
Também realçou a necessidade de adaptar a IA aos contextos locais, especialmente na África, para evitar o atraso em relação a outras regiões e defendeu a necessidade de democratizar o acesso a esse conhecimento para todos.
ET/HF
Inforpress/Fim
Partilhar