UE acusa Rússia de "brincar à guerra" e de ir além de "conflito hipotético"

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UE acusa Rússia de "brincar à guerra" e de ir além de "conflito hipotético"
13/10/25 - 10:40 am

Kiev, 13 Out (Inforpress) - A alta representante da União Europeia (UE) para a diplomacia, Kaja Kallas, considerou hoje, em Kiev, que a Rússia está a "brincar à guerra" e que está a ir "além de um conflito hipotético" com o bloco comunitário.

"Cada vez que um drone [aeronave pilotada remotamente] viola o nosso espaço aéreo, há um risco de escalada, seja intencional ou não", disse Kaja Kallas, em conferência de imprensa, na capital da Ucrânia.

A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança advertiu que Moscovo está a "brincar à guerra" e que está a levar as tensões "além do contexto de um conflito hipotético".

Kaja Kallas, ex-primeira-ministra da Estónia, está hoje em Kiev para “conversações sobre apoio financeiro e militar” à Ucrânia, nomeadamente sobre um empréstimo de reparações que a Europa prepara com base nos ativos russos congelados.

“Os ucranianos inspiram o mundo com a sua coragem. A sua resiliência exige todo o nosso apoio. Estou hoje em Kiev para conversações sobre apoio financeiro e militar, a segurança do setor energético da Ucrânia e a responsabilização da Rússia pelos seus crimes de guerra”, anunciou Kaja Kallas, na rede social X (antigo Twitter).

Após ter iniciado o seu mandato na Ucrânia em dezembro, Kaja Kallas visita agora a Ucrânia no arranque de um inverno que promete ser difícil devido à destruição em larga escala das infraestruturas energéticas causada pelos ataques russos, mas também quando a Comissão Europeia finaliza uma proposta de empréstimo de reparações à Ucrânia assente em bens imobilizados russos na União Europeia.

Com temperaturas rigorosas à vista, o país enfrenta o risco de cortes prolongados de energia, falhas no aquecimento e colapso de serviços essenciais.

Contudo, a Ucrânia continua a reparar rapidamente as infraestruturas e a reforçar a defesa aérea, sobretudo devido ao apoio europeu.

Inforpress/Lusa

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