Sindicato pede maior transparência e apela à serenidade dos agentes com colocação de 122 novos efectivos

Inicio | Sociedade
Sindicato pede maior transparência e apela à serenidade dos agentes com colocação de 122 novos efectivos
04/06/25 - 02:15 pm

Cidade da Praia, 04 Jun (Inforpress) – O presidente do Sindicato Nacional da Polícia de Cabo Verde (Sinapol), Rufino Lima, apelou hoje à serenidade dos efectivos e defendeu mais transparência e diálogo no processo de colocação dos 122 novos agentes, alertando para falhas na comunicação.

A colocação dos novos agentes de segunda classe foi realizada ao abrigo do decreto-lei 40/2021 e do Estatuto do Pessoal Policial da PN, mas tem gerado inquietação, sobretudo entre os jovens agentes que esperavam por oportunidades em especialidades como o Corpo de Intervenção.

Ainda assim, em entrevista à Inforpress, Rufino Lima afirmou que o Sinapol não recebeu qualquer reclamação formal até ao momento.

"Acredito que não houve margem para erro, já que todos os agentes têm processos individuais desde a entrada no centro de formação", explicou, admitindo, contudo, que pode haver confusão com o novo concurso em curso, o que exige maior esclarecimento por parte da Direção Nacional da Polícia.

Apesar de o sindicato não ter participado directamente na definição da colocação, Lima referiu que o Sinapol manifestou, ainda após o término do curso, a necessidade de contemplar esquadras com turnos superiores a oito horas.

“Era importante pensar numa harmonização da carga horária em todo o país e reforçar as esquadras com maior dinâmica, tanto de dia como de noite”, precisou.

Questionado sobre possíveis falhas administrativas, o dirigente sindical revelou estranheza pelo facto de só no dia da publicação das nomeações ter sido iniciado o processo de distribuição dos agentes.

“O curso terminou no início de Fevereiro, desde essa altura não foi feito nenhum trabalho? A pressa é inimiga da perfeição. Havia esperança numa maior mobilidade, mas isso acabou frustrado com a forma como as transferências foram feitas”, lamentou.

Outro ponto crítico apontado pelo presidente do Sinapol é a ausência de concurso para acesso às especialidades, especialmente o Corpo de Intervenção.

“Muitos dos jovens estavam à espera dessa oportunidade, que além de representar um reconhecimento profissional, traz também incentivos financeiros”, afirmou, ao mesmo tempo que lamentou o facto de a instituição ter optado pela colocação directa, o que “gerou insatisfação”.

Rufino Lima disse ainda que o sindicato respeita as decisões tomadas pela instituição, acreditando que “foram feitas de boa-fé”, mas salientou que os agentes que se sentirem lesados devem procurar os seus direitos através dos canais legais e institucionais disponíveis.

“O Sinapol está sempre presente e atento, questionando a instituição sempre que necessário. Caso haja alguma falha administrativa, acreditamos que haverá boa vontade para resolvê-la”, enfatizou Rufino Lima.

A mesma fonte deixou um apelo à calma e ao compromisso dos agentes, que devem manter o foco na missão constitucional da Polícia Nacional, como disse, que é garantir a segurança das pessoas e dos bens.

“O Sinapol continuará a ser a voz dos agentes junto da Direcção Nacional e do Governo, sempre com responsabilidade e espírito de colaboração”, finalizou.

KA/SR//AA

Inforpress/Fim

Partilhar