Mindelo, 30 Jun (Inforpress) – A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) propôs hoje, no Mindelo, que seja realizada uma reforma do Estado “corajosa, estrutural e transformadora”, com uma governação melhor e confirma estar pronta para assumir essa liderança.
O repto foi lançado pelo presidente do partido, João Santos Luís, em conferência de imprensa, em que considerou que o Estado de Cabo Verde “está a falhar com as cabo-verdianas e os cabo-verdianos, pelo facto de estar demasiado concentrado, demasiado pesado, e demasiadas vezes ineficaz”.
Daí, a proposta para “uma verdadeira reforma do Estado, corajosa, estrutural e transformadora”, quando o que se tem assistido, segundo a mesma fonte, é uma “centralização excessiva como forma silenciosa de injustiça territorial”.
A actual forma de governação, enfatizou João Santos Luís, “mata a iniciativa local, trava soluções criativas e aprofunda o sentimento de exclusão”.
Por estas razões, a UCID, acrescentou, defende uma regionalização com responsabilidade, sem criar mais custos, mas com mais resultados, sem complicações administrativas e com impacto directo na vida das pessoas.
“Observa-se uma premente necessidade de eliminação de duplicações, corte de excessos e valorização do essencial. Um Estado que pesa demais é um Estado que trava o país”, ressaltou o líder do partido.
Actualmente, a máquina governativa, criticou a mesma fonte, “consome milhões, mas entrega muito pouco”, com ministérios que se sobrepõem, institutos que fazem o mesmo trabalho, direcções que existem “apenas para justificar nomeações e salários chorudos a amigos e militantes do partido”.
“O país não pode continuar a funcionar como se fosse um aparelho ao serviço de um grupo”, censurou João Santos Luís, para quem Cabo Verde “não precisa de um Estado maior e sim de um Estado melhor”.
E essa transformação, asseverou, só será possível com coragem política e visão de futuro que a UCID tem e está pronta para liderar.
Questionado se o partido pretende ser poder, João Santos Luís admitiu que sim e apresentou a sua equipa como única alternativa para essa mudança com “verdade, justiça e visão”.
LN/AA
Inforpress/Fim
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