São Vicente/Chuvas: Ministro Paulo Rocha admite revisão de documento de avaliação de risco de alagamento

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São Vicente/Chuvas: Ministro Paulo Rocha admite revisão de documento de avaliação de risco de alagamento
03/09/25 - 09:42 am

Mindelo, 03 Set (Inforpress) – O Governo vai reavaliar “obrigatoriamente” um documento trabalhado com parceria internacional, anterior à ocorrência da tempestade Erin, a 11 de Agosto, sobre os riscos de alagamento em São Vicente, admitiu o ministro Paulo Rocha.

O titular da pasta da Administração Interna, que fazia uma avaliação do trabalho feito pelo Gabinete de Crise na decorrência da tempestade, disse que agora “o importante” é perceber aquilo que é a realidade de São Vicente e, face ainda às alterações climáticas, perceber o futuro e as medidas a implementar.

Para já, referiu, “é fundamental” manter o foco e continuar a caminhar para a implementação dos programas de emergência e de recuperação com aumento de resiliência.

Paulo Rocha referia-se ao Plano Estratégico de Resposta, “aprovado desde a primeira hora” pelo Governo, e que integra os dois programas.

Do plano de emergência, referiu, falta concluir o alojamento definitivo das 255 pessoas que constituem 103 famílias que ficaram desalojadas.

Contudo, sublinhou a mesma fonte, antes ainda de concluir o programa de emergência, o Governo já iniciou o programa de recuperação com aumento da resiliência, com a avaliação dos prejuízos e dos estragos, ou seja, uma avaliação pós-desastre.

Esta estará concluída com a publicação de um documento oficial e visa preparar uma resposta mais resiliente para que São Vicente volte à normalidade.

“Neste momento, a prioridade é deixar São Vicente tão bem organizado, limpo e bonito como se encontrava antes, e depois trabalhar mais a fundo, dilatado no tempo as respostas que se impõe para que a ilha seja mais resiliente”, sintetizou o ministro da Administração Interna.

A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas.

Na sequência, o Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau.

Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.

AA/CP

Inforpress/Fim

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