São Vicente pode voltar a ocupar o seu lugar como motor cultural, económico e simbólico do País – Francisco Carvalho

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São Vicente pode voltar a ocupar o seu lugar como motor cultural, económico e simbólico do País – Francisco Carvalho
22/11/25 - 12:59 am

Mindelo, 21 Jan (Inforpress) – O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) considerou hoje, no Mindelo, que São Vicente pode voltar a ocupar o seu lugar natural como motor cultural, económico e simbólico de Cabo Verde.

Francisco Carvalho teceu estas considerações na sua primeira apresentação pública na ilha de São Vicente, durante a qual falou das ideias e políticas públicas que propõe para São Vicente e para Cabo Verde, enquanto candidato às próximas eleições legislativas.

O político, que fez um discurso de cerca de 12 minutos, disse que o momento actual não tem honrado aquilo que São Vicente representa porque a ilha, assim como o País inteiro, vive um período de estagnação em que a energia, a água, os transportes, a economia e os serviços públicos não acompanham os sonhos e a força do povo.

“São Vicente, ilha de cultura, de inovação e de trabalho árduo, merece muito mais do que promessas vazias. E Cabo Verde, nação construída com a sua esperança, merece muito mais do que esta travagem no seu processo de desenvolvimento”, considerou Francisco Carvalho.

Conforme o presidente do PAICV, São Vicente e Cabo Verde precisam e merecem um plano “sério, firme e executável” de desenvolvimento económico e social.

“Precisamos de políticas que valorizem as pessoas, que criem oportunidades, que devolvam dignidade e que façam o País voltar a crescer com equilíbrio e justiça. Precisamos que, em São Vicente, tenhamos aquilo de que Cabo Verde inteiro precisa: um Estado que cuida das pessoas”, argumentou.

Por isso, Francisco Carvalho disse defender políticas concretas que tenham impacto directo na vida das pessoas.

Neste sentido, reiterou a ideia de implementar o acesso à universidade pública gratuita para todos os alunos que conseguirem passar nos testes e, ao mesmo tempo, garantir bolsas para as universidades privadas, para que se possa ter “equilíbrio entre o público e o privado”.

Também reforçou a necessidade de implementar o acesso gratuito à saúde, viagens de barco inter-ilhas por um preço de 500 escudos e viagens de avião por cinco mil escudos.

Mas, para o presidente do PAICV, o maior projecto social de qualquer país é a criação de emprego, pelo que considerou que Cabo Verde precisa criar empregos para concretizar o sonho dos cabo-verdianos.

“Para isso, nós precisamos de ter indústrias, mas precisamos também de investir forte e seriamente no sector primário, na pesca, na criação de animais e na agricultura. Nós precisamos, acima de tudo, de união de todas as forças”, sintetizou.

O político defendeu ainda um diálogo verdadeiro, de participação cidadã e de líderes que estejam verdadeiramente comprometidos com o bem comum.

“Eu acredito profundamente que Cabo Verde pode voltar a ser uma democracia de referência no mundo. Acredito que poderemos recuperar o dinamismo, a confiança e o rumo de desenvolvimento”, disse.

Por sua vez, o deputado do PAICV, eleito pelo círculo de São Vicente, João do Carmo disse que, quando Francisco Carvalho estiver a governar, vai lutar para que São Vicente tenha grandes obras. Por isso, prometeu lutar junto com Francisco Carvalho para dar à ilha a 4.ª fase do plano sanitário, para que ela possa respirar e ter mais investimentos turísticos.

Além disso, considerou que a ilha precisa também de grandes infra-estruturas, como um estádio de futebol com condições para receber o campeonato regional e jogos oficiais da Selecção Nacional e de um auditório com capacidade para mil lugares, que dignifique a ilha.

CD/HF

Inforpress/Fim

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