São Vicente: Ministério da Educação elabora plano de 120 mil contos para recuperar infra-estruturas escolares

Mindelo, 18 Set (Inforpress) – O ministro da Educação disse hoje, no Mindelo, que o seu gabinete elaborou um plano de acção emergencial de 120 mil contos para recuperar as infra-estruturas em São Vicente, Santo Antão e São Nicolau.

Amadeu Cruz falava em declarações à imprensa durante a visita às escolas afectadas pela tempestade Erin, em São Vicente.

Segundo o ministro, a primeira etapa do plano emergencial era a criação de condições para o início das aulas e a segunda etapa consiste em recuperar, paulatinamente, as infra-estruturas.

“A recuperação das escolas faz parte deste plano, pelo que nós, no Ministério da Educação, estamos em condições de avançar rapidamente com a reconstrução, quer dos muros de protecção, a substituição de telhados, a substituição de tectos falsos, a recuperação de outras infra-estruturas para que tenhamos aqui em São Vicente condições mais ideais possíveis para o funcionamento do ano lectivo”.

Segundo o ministro, além de abranger as ilhas de Santo Antão e São Nicolau, que a par de São Vicente estão sob o estado de calamidade, o plano prevê ainda a melhoria de infra-estruturas na cidade da Praia, que tem cerca de três escolas em risco e que precisam de melhorias.

“De resto, é ir paulatinamente a executar este plano, contando com os recursos do Tesouro, do Fundo de Emergência, mas igualmente com o financiamento da cooperação internacional. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) está connosco a mobilizar recursos e vamos avançar com estas obras e mesmo a substituição de alguns”, avançou.

O governante aproveitou para destacar o “apoio fundamental da sociedade civil” em São Vicente, das igrejas, da protecção civil, das organizações de uma forma geral, incluindo a câmara municipal, as Forças Armadas, das forças de segurança, para a recuperação de infra-estruturas e arranque do ano lectivo.

A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas, em São Vicente.

Na sequência, o Governo decretou situação de calamidade por seis meses em São Vicente e, também, em Santo Antão e São Nicolau, igualmente afectados.

Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.

CD/HF

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