São Vicente: É preciso investir na juventude para desenvolver a democracia que está “em risco” - Presidente da Assembleia

Mindelo, 30 Jan (Inforpress) – O presidente da Assembleia Nacional defendeu hoje, no Mindelo, que é preciso investir na juventude para desenvolver a democracia que está “em risco” em todo mundo e sendo que Cabo Verde não foge à regra.

Austelino Correia fez as considerações à imprensa antes de proferir uma aula magna aos alunos do Liceu Ludgero Lima e que se enquadra na sua deslocação a partir de hoje até segunda-feira, 03 de Fevereiro, às ilhas de São Vicente e Santo Antão.

Segundo a mesma fonte, a escolha de conversar com a classe estudantil foi porque nos momentos mais importantes e mais desafiantes da história de Cabo Verde, a juventude esteve sempre presente.

E essa mesma juventude também, ajuntou, deve ser um vector “muito importante” de transmissão das boas práticas, de bons conhecimentos neste momento quando “a democracia está em risco por todo o mundo e Cabo Verde não foge à regra”.

“E nós entendemos que é preciso que se abra um diálogo nacional muito forte com a sociedade de Cabo Verde sobre a democracia, a importância da democracia, o valor, os princípios democráticos”.

Mas, sobretudo, acrescentou, mostra ser preciso passar a mensagem de que “a democracia é frágil, ela nunca é algo acabado, é algo em construção permanente e que devem todos contribuir para que ela se aprofunde, ela se consolide, porque os ganhos da democracia são ganhos que todos devemos valorizar”.

E tudo isso se consegue, considerou o presidente da Assembleia Nacional, ao educar as pessoas para a cidadania e sobretudo a juventude, que é uma faixa etária “muito importante”.

“Na qual [juventude] a gente deve investir a todos os níveis, em termos de formação académica, formação cultural, mas também em termos de responsabilização para contribuírem para o desenvolvimento deste país”, reiterou Austelino Correia.

 Ao incidir sobre as escolas, o presidente do parlamento pretende ajudar as pessoas a entenderem como funciona o Estado.

“Verifico que há um déficit grande, por parte da sociedade cabo-verdiana, de como o Estado cabo-verdiano funciona. Por exemplo, as pessoas confundem câmara municipal com deputados nacionais, com Governo, etc. Não há uma distinção muito clara”, explicou Austelino Correia, para quem é necessário dar esses esclarecimentos à população.

A aula magna enquadra-se também no programa “Parlamento Aberto” que, de acordo com o responsável, quer levar à sociedade um parlamento “mais transparente”, que comunica, ausculta, partilha, debate e reflecte.

Após a agenda de hoje em São Vicente, que incluiu ainda uma visita de cortesia ao presidente da câmara municipal, Austelino Correia desloca-se à Santo Antão para actividades nos três concelhos.

LN/ZS

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