São Vicente com 40 técnicos sociais formados para identificar traumas nas crianças

Mindelo, 18 Jul (Inforpress) – Cerca de 40 técnicos sociais, entre eles da Delegacia de Saúde de São Vicente, do Ministério da Educação e de diversas instituições e comunidades da ilha concluíram hoje, no Mindelo, uma formação para identificar traumas nas crianças.

A formação, organizada pelas Aldeias Infantis SOS em São Vicente, decorreu durante dois dias no auditório da Escola Técnica, após ter sido realizada na cidade da Praia.

Segundo a secretária de Estado de Inclusão Social, Lídia Lima, que presidiu o encerramento da formação, este é mais um trabalho para garantir uma melhor protecção das crianças.

Para a governante, essa protecção tem de ser feita não só a nível do acolhimento, mas também com intervenções em acompanhamento psicológico que trata o aspecto emocional da criança.

“Não é apenas acolher a criança em estabelecimentos que garantem a sua protecção, quando sofrem maus-tratos, abandono ou violência sexual, nem apenas criar instrumentos legais e garantir os seus direitos. É também saber trabalhar com as crianças, lidar com o seu lado psicológico, pensando no seu futuro e em como incluí-las no processo de desenvolvimento”, considerou.

Conforme a coordenadora de serviço social da SOS em São Vicente, Vânia Lopes, a formação, realizada em parceria com associação portuguesa Speech Care e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), teve como propósito capacitar técnicos com ferramentas necessárias para intervir com “uma única linguagem” junto de crianças vítimas de traumas.

“No dia a dia sempre deparamos com crianças que sofrem diversos traumas, por exemplo violações sexuais. Então temos de estar capacitados para aproximar, falar com eles e fazer com que confiem em nós para podermos fazer o nosso trabalho da melhor forma”, afirmou.

Além de técnicos da Delegacia de Saúde de São Vicente e do Ministério da Educação, participaram na informação psicólogas de outras instituições, membros de igrejas, do Instituto Cabo-Verdiano da Criança e Adolescente (ICCA) e das quatros comunidades onde a SOS faz intervenções, ou seja, Ribeirinha, Monte Sossego, Ribeira Bote e Fonte Filipe.

CD/AA

Inforpress/Fim