São Vicente: Autarcas do PAICV dizem-se preocupados com “lentidão aflitiva” na limpeza das ruas

Inicio | Política
São Vicente: Autarcas do PAICV dizem-se preocupados com “lentidão aflitiva” na limpeza das ruas
11/09/25 - 04:25 pm

Mindelo, 11 Set (Inforpress) – Os vereadores do PAICV na Câmara Municipal de São Vicente mostraram-se hoje preocupados com a “lentidão aflitiva” na limpeza das ruas um mês após a passagem da tempestade Erin na ilha.

Esta posição foi manifestada à imprensa pelo porta-voz dos vereadores do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), António Sequeira Duarte, após sessão camarária com o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, e demais autarcas.

Segundo a mesma fonte, a preocupação com a demora na limpeza das ruas também é dos munícipes, realçando que desde o primeiro momento o PAICV sugeriu ao presidente da câmara o reforço de equipamentos e máquinas dado que os que estavam disponíveis eram “manifestamente insuficientes”.

“Nós estamos a constatar que ainda temos um conjunto de tarefas para a verdadeira reposição de normalidade em São Vicente. Nós temos várias ruas, vários cruzamentos, vários entroncamentos que ainda têm terra no estado sólido. Neste preciso momento várias ruas estão neste cenário”, criticou.

Conforme o vereador do PAICV, “um caso enigmático” é o da zona da Bela Vista, que depois da tempestade está praticamente na mesma situação.

“Ainda nós temos um conjunto enorme de tarefas para que a normalidade em São Vicente seja uma realidade”, acrescentou reforçando que “a rede viária está complicada” desde o centro da cidade, à periferia passando pelas zonas litorais como Salamansa, Calhau, Baía das Gatas e São Pedro, que há infraestruturas que ainda não retomaram o seu funcionamento e que as redes de comunicação, de água e de esgotos já “estão além do seu limite”.

Pelo que, defendeu, é preciso repensar a cidade no seu todo, na correcção torrencial, na ocupação de áreas de encosta e no tratamento do lixo.

“Precisamos reconstruir São Vicente, reformar profundamente todo o nosso sistema estrutural nesta ilha. Precisamos accionar mecanismos de catástrofe, apoios sérios, de máquinas e equipamento, porque não é plausível que neste momento ainda continuemos com essa lentidão na resposta que as pessoas precisam”, sustentou.

O mesmo lembrou que vão começar as aulas e a movimentação na cidade vai ser mais intensa, por isso é necessário repor o mínimo de normalidade.

António Sequeira Duarte disse que, apesar dos questionamentos nas sessões camarárias, os deputados do PAICV “têm tido pouca ou nenhuma reacção” do presidente da câmara.

Outra preocupação, elencou a mesma fonte, tem que ver com a reconstrução de alguns espaços como por exemplo o mercado de verduras.

“O mercado de verduras continuou com a mesma quota de piso. Portanto, o piso continuou exactamente onde estava. E constatamos também com alguma preocupação que na zona crítica de Praça Estrela também as paredes a serem reconstruídas exactamente como eram antes das chuvas de 11 de Agosto”, afirmou, alertando que se deve reconstruir de forma permanente e não provisória como está a acontecer.

Segundo o político, também é motivo de preocupação a ocupação de espaços públicos com construções, como é o caso da zona de Monte Sossego, próximo à Caixa Económica em Monte Sossego, e na zona onde se encontrava o parque fitness na Laginha.

A mesma fonte chamou a atenção ainda para que a câmara faça uma articulação “com mais intensidade e acutilância” com o delegado de saúde para que se faça a prevenção e para que os munícipes sejam orientados sobre as melhores práticas que evitem uma proliferação de pragas e transmissão de doenças por mosquitos.

CD/ZS

Inforpress/Fim

Partilhar