Porto Novo, 22 Jul (Inforpress) – O Governo lançou hoje, no Porto Novo, o Projecto de Abastecimento de Água e Saneamento de Santo Antão, um investimento avaliado em 12 milhões de dólares, que o executivo considera ser o "maior de sempre" na ilha neste sector.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, presidiu à cerimónia e destacou que a iniciativa visa responder às necessidades actuais e futuras da população, numa perspectiva de crescimento urbano e desenvolvimento económico da ilha, com impacto directo na qualidade de vida dos habitantes.
“Este projecto está a ser esperado há muito tempo, e hoje nós estamos a cumprir”, declarou Ulisses Correia e Silva, sublinhando o carácter estruturante do investimento, que irá abranger, além de Porto Novo, localidades como Ribeira das Patas e Ribeira da Cruz, bem como Ribeira Grande e Paul.
Entre as intervenções previstas, o primeiro-ministro salientou a instalação de novas redes de distribuição de água, a implementação de sistemas de recolha e tratamento de águas residuais, e a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
O projecto, orçado em 12 milhões de dólares (cerca de 1,1 milhão de contos), incluiu ainda a edificação da sede da empresa Águas de Santo Antão, que se encontra em funcionamento no concelho do Paul.
“Estamos a falar de água com qualidade em casa, rede de esgoto, casas de banho com condições, ou seja, o básico para o bem-estar das pessoas”, frisou o primeiro-ministro.
Paralelamente, Ulisses Correia e Silva referiu que se espera um impacto económico relevante da nova infra-estrutura, sobretudo num contexto de crescimento turístico na ilha, onde novos empreendimentos implicam maior procura por serviços essenciais.
O primeiro-ministro sublinhou também o potencial da reutilização de águas residuais tratadas para fins agrícolas, uma prática já aplicada com sucesso na ilha do Sal, e que se pretende replicar em Santo Antão.
Reiterou a importância de garantir não apenas as infra-estruturas, mas também uma boa gestão e governança do sector, visando a eficiência e a sustentabilidade dos serviços.
“Não basta construir, é preciso saber gerir, governar, e usar bem a água que temos disponível”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
Este projecto insere-se numa estratégia mais ampla de recuperação urbana e ambiental iniciada pelo Governo em 2016, que visa dotar as cidades e vilas de melhores condições de vida, infra-estruturas básicas, espaços verdes e habitacionais condignos.
LFS/CP
Inforpress/Fim
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