Santa Cruz: Projecto capacita 31 mulheres para trabalhar na prevenção e combate à VBG nas comunidades

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Santa Cruz: Projecto capacita 31 mulheres para trabalhar na prevenção e combate à VBG nas comunidades
18/09/24 - 01:59 pm

Pedra Badejo, 18 Set (Inforpress) – Trinta e uma mulheres do município de Santa Cruz (Santiago) terminaram hoje a segunda fase do curso “Mulheres Multiplicadoras da Cidadania”, visando reforçar as suas capacidades no combate à Violência Baseada no Género (VBG) nas comunidades.

A formação enquadra-se no âmbito do projecto “Fla Sim pa Mudjer” – mulheres juntas na prevenção contra a VBG em Cabo Verde, uma iniciativa da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra VBG (ACLCVBG), em parceria com a Themis, uma ONG do Brasil de promoção dos direitos humanos, financiada pela fundação Womanity.

Trata-se de um projecto de empoderamento legal de mulheres líderes comunitárias e potenciais líderes, com o intuito de melhorar o exercício da cidadania, acesso à justiça e prevenção de situações de violência, com uma vigência de três anos.

Em declarações à imprensa, à margem cerimónia de formatura do segundo curso “Mulheres Multiplicadoras da Cidadania”, a coordenadora do projecto “Fla Sim pa Mudjer” ('Diga sim às mulheres', em português), Nair Tavares, fez um balanço “extremamente positivo” das acções desenvolvidas no âmbito do projecto.

Segundo disse, tendo em conta que VBG é uma temática complicada e com muitas especificidades, admitiu-se que seis meses de formação “não é suficiente”.

Daí, comprometeu-se a continuar a capacitar as mulheres santa-cruzenses para que possam fazer a melhor intervenção possível nas respectivas comunidades.

Sobre a acção formativa, Nair Tavares lembrou que consistiu no empoderamento legal das mulheres líderes e activistas comunitárias para que possam trabalhar na prevenção e combate à VBG na comunidade.

“A ideia do projecto é capacitar as mulheres para que possam ter mais informações para que possam capacitar e apoiar outras mulheres nas respectivas comunidades com foco na prevenção de situações de VBG nas suas comunidades”, acrescentou.

Nesse sentido, disse acreditar que estas mulheres estão preparadas para fazerem jus à formação que receberam durante seis meses, onde foram abordados temas ligados à mulher, direitos das mulheres no trabalho, na saúde, direitos sexuais reprodutivos, e questão da VBG.

A formanda Arcinda dos Santos, de Achada Laje, por seu lado, diz-se preparada para alertar, prevenir e fazer acompanhamento da VBG na sua comunidade, onde admitiu existir esta problemática.

Entretanto, pediu o reforço das acções nos próximos tempos para que possam continuar a trabalhar esta problemática nas escolas e comunidades.

FM/CP
Inforpress/Fim

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