
Assomada, 30 Out (Inforpress) – O inspector-geral da IGAE, Paulo Monteiro, justificou o encerramento do Matadouro de Assomada com a “falta total de condições de higiene, segurança e infra-estrutura”, assegurando que a decisão foi tomada para proteger a saúde pública.
Em resposta à posição da autarquia, que considerou o encerramento “abrupto” e “sem diálogo institucional”, o responsável da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE) explicou, em declarações à Inforpress, que a decisão foi baseada em constatações directas no local.
Revelaram, completou, um cenário “caótico e insalubre”, incompatível com a actividade de abate de animais destinados ao consumo humano e acrescentou que o espaço poderá ser reaberto assim que as condições estejam restabelecidas.
“O matadouro de Santa Catarina não reunia condições mínimas de funcionamento. Havia infiltrações, paredes e tecto degradados, presença de insectos e ausência de condições básicas de salubridade. A situação era gravosa e colocava em risco a saúde pública do concelho e da ilha de Santiago”, afirmou.
Segundo o inspector-geral, a suspensão da actividade foi determinada pela brigada da IGAE, entidade com competência exclusiva para este tipo de acção, e que actua sem aviso prévio, de acordo com as normas de inspecção.
“A IGAE não tem obrigação de avisar previamente a câmara municipal nem o operador antes de uma acção de fiscalização. As brigadas actuam com independência e, ao confirmarem irregularidades graves, são obrigadas a suspender a actividade”, esclareceu.
Aquele responsável garantiu ainda que a IGAE não faz publicidade sobre as suspensões de estabelecimentos, por entender que se trata de um assunto entre a entidade fiscalizadora e o operador.
Apesar da gravidade da situação, o inspector-geral assegurou que a IGAE está aberta à reabertura do matadouro assim que forem criadas as condições necessárias, lembrando que o objectivo não é penalizar, mas garantir o cumprimento das normas sanitárias.
“Quando as condições estiverem reunidas, a IGAE autorizará a reabertura com todo o gosto. O matadouro deve funcionar, mas com garantias de salubridade e segurança para os consumidores”, sublinhou.
O Matadouro Municipal de Assomada foi encerrado na terça-feira, 28 de Outubro, decisão que gerou forte reacção por parte da Câmara Municipal de Santa Catarina, que considerou a acção “abrupta” e “sem diálogo institucional”.
DV/ZS
Inforpress/Fim
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