Assomada, 04 Jun (Inforpress) – Centenas de crianças dos jardins infantis e escolas do Ensino Básico Obrigatório (EBO) marcharam hoje por várias artérias da cidade de Assomada, em Santa Catarina (Santiago), em protesto contra os abusos e agressão sexual.
A iniciativa, inserida no Dia Internacional da Criança Inocente, Vítima de Agressão e Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, assinalados hoje, foi promovida pela delegação do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) em Santiago Norte.
Em declarações à imprensa, o delegado do ICCA em Santiago Norte, José Maria Varela, que participou na marcha, considerou o abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes, uma das mais flagrantes violações à integridade física e moral das mesmas.
A marcha, segundo este responsável, teve como objectivo chamar a atenção da sociedade sobre as sucessivas violações dos direitos das crianças.
Na ocasião, avançou que na região Santiago Norte de Janeiro a Maio deste ano foram registados oito casos, sendo cinco no município de Santa Catarina, dois em São Miguel e um no Tarrafal.
Em comparação com o ano de 2024, informou que houve uma diminuição, mas, no entanto, fez saber que a meta da instituição que dirige é que a região tenha zero casos.
Daí, comprometeu-se em continuar a actuar junto das vítimas e familiares para que possam combater e prevenir a agressão sexual, que classificou de um “crime doloroso”.
Sobre a prevenção, lembrou que o ICCA tem em curso a campanha “Proteja – Crianças e Adolescentes Livres da Violência Sexual”, que já esteve em todos os seis municípios que compõem a região Santiago Norte.
Acrescentou que no âmbito da campanha foram reactivados comités municipais de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes e ministradas acções de formações para vários parceiros, que, segundo ele, são fundamentais nesta luta.
Por fim, insistiu que o abuso e agressão sexual são crimes públicos, e podem ser denunciados por qualquer pessoa através da linha 800 10 20 ou 132, a qualquer hora, e ainda se dirigindo à Polícia Nacional ou delegações do ICCA de cada município.
FM/ZS
Inforpress/Fim
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