Santa Catarina: Câmara pede reconsideração do fecho do matadouro e alerta para agravamento do abate clandestino

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Santa Catarina: Câmara pede reconsideração do fecho do matadouro e alerta para agravamento do abate clandestino
30/10/25 - 01:32 pm

Assomada, 30 Out (Inforpress) – A Câmara Municipal de Santa Catarina apelou hoje à IGAE para reconsiderar o encerramento do Matadouro Municipal, alertando que a medida está a provocar o agravamento do abate clandestino, colocando em risco a saúde pública no concelho.

Em declarações à imprensa, a vereadora do Comércio e Desenvolvimento Local, Maria José Veiga, manifestou “grande preocupação” com a forma como o fecho foi conduzido pela Inspeção Geral das Actividades Económicas (IGAE), sublinhando que a decisão foi tomada sem diálogo institucional e sem alternativas para garantir o abate regular de animais.

“Santa Catarina é o único município da ilha de Santiago com feira ligada e com matanças regulares, sobretudo às quartas e aos sábados. O encerramento do matadouro já está a originar matanças na rua, como mostram as imagens que circulam nas redes sociais. Isso agrava a saúde pública e compromete todo o esforço que temos feito para melhorar a qualidade dos produtos”, afirmou.

A vereadora lembrou que desde o início do mandato, a autarquia tem trabalhado na reorganização do mercado municipal, com a criação da nova casa de carne e peixe.

A mesma fonte indicou que a autarquia já dispõe de um projecto pronto, orçado em cerca de 20 mil contos, para um novo matadouro nos arredores de Achada Galego, em articulação com o Ministério da Agricultura.

“Estamos conscientes de que o matadouro tem problemas estruturais, mas esses não se resolvem em poucos dias. É preciso um novo matadouro industrial, capaz de responder aos desafios de Santa Catarina e da ilha de Santiago. Entretanto, o encerramento total apenas agrava a situação”, acrescentou.

Maria José Veiga reforçou o pedido para que a IGAE autorize a reabertura do espaço de abate, enquanto não são criadas condições para a nova infraestrutura, alegando que o município não tem alternativa imediata e o princípio da proporcionalidade deve prevalecer.

O Matadouro Municipal de Assomada foi encerrado na terça-feira, 28 de outubro, e segundo a Câmara Municipal, não foi previamente comunicada às autoridades locais.

DV/AA

Inforpress/Fim

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