
Cidade da Praia, 06 Dez (Inforpress) – A Delegação do Ministério da Educação e a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago realizaram hoje uma campanha de limpeza no porto da Cidade Velha, visando tornar o espaço limpo e acolhedor, promovendo a preservação ambiental.
A actividade resulta de uma parceria que envolve ainda a Associação de Pescadores da Cidade Velha e decorre sob o lema “Nu djunta mon pa um cidade mais limpa” (Juntemos as mãos para uma cidade mais limpa, em português).
Segundo o director de Ambiente e Urbanismo da autarquia, João Gilberto, o trabalho desenvolvido na Cidade Velha integra um projeto mais amplo de educação ambiental e melhoria urbana.
O evento incluiu também uma conversa aberta com pescadores e peixeiras sobre a importância da proteção ambiental e da adopção de práticas sustentáveis na gestão do espaço costeiro.
“Estamos aqui a realizar diferentes ações de sensibilização, campanhas de limpeza e aulas marítimas. Este é um trabalho contínuo que temos desenvolvido ao longo de vários anos”, afirmou João Gilberto.
Segundo o responsável, a iniciativa enquadra-se no projecto de construção de uma nova unidade de urbanismo, cuja obra tem início previsto já na próxima semana.
A preparação inclui formações dirigidas a formadores, pescadores e peixeiras.
Ao abordar os principais desafios ambientais da zona costeira da Cidade Velha, o diretor apontou problemas como a poluição por resíduos, águas residuais e o descarte indevido de lixo nas encostas.
“São problemas reais que afetam o porto e a comunidade. Temos trabalhado na construção de casas de banho para famílias mais carenciadas e em campanhas periódicas de limpeza para mitigar estas situações”, explicou.
Enquanto cidade classificada como Património Mundial da Unesco, a preservação do ambiente e do centro histórico exige rigor e coordenação.
Nesse sentido, a autarquia tem trabalhado em conjunto com o Centro Cultural da Cidade Velha e o Instituto do Património Cultural.
A sensibilização das populações constitui outro pilar da intervenção municipal.
Segundo João Gilberto, as ações são frequentes e abrangem todas as localidades do concelho, com iniciativas nas escolas, campanhas porta-a-porta, palestras e comunicação através da rádio local.
“Há um impacto positivo. Os jovens, principalmente, têm aderido mais às atividades de educação ambiental”, afirmou.
A participação comunitária, segundo a mesma fonte, continua a ser um desafio, muitas vezes condicionada pelos compromissos diários dos moradores.
Por isso, grande parte das ações é realizada aos fins de semana e feriados, permitindo maior envolvimento.
JBR/AA
Inforpress/Fim
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