São Filipe, 24 Fev (Inforpress) - A câmara de São Filipe propõe “união de esforços” com o Ministério da Cultura para catalogar e promover a tradicional festa da Banderona, celebrada na comunidade de Campanas de Baixo.
Este posicionamento foi defendido pelo presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva, ao ser questionado sobre a importância da festa de Banderona, um dos eventos culturais “mais autênticos e singulares” da ilha e que tem chamado a atenção, não apenas pela sua riqueza histórica, mas pelo seu potencial turístico.
Para que a festa alcance novos patamares, Nuías Silva defendeu que a câmara de São Filipe e o Ministério da Cultura são convocados a prestar mais atenção às particularidades da festa e promover a sua catalogação, desde a sua gênese até a transformação na grande celebração que é hoje, com o envolvimento da comunidade e dos organizadores.
A Banderona, conhecida por suas “tradições únicas” e pela forte identidade cultural, sobretudo pela sua duração, tem crescido em visibilidade ao longo dos anos, mas com apoio mais estruturado, pode se consolidar como um atrativo cultural de grande relevância não apenas para a ilha, mas para todo o país, no dizer de Nuías Silva.
O autarca apontou a necessidade da integração da festa de forma mais organizada e eficiente no calendário turístico da ilha uma vez que actualmente, a Banderona atrai turistas nacionais e internacionais, e com uma promoção mais estratégica, pode se tornar uma referência no turismo cultural e tornar o Fogo um destino turístico único.
"A catalogação dos eventos históricos relacionados à Banderona, desde as suas origens até a sua evolução, é um passo importante para preservar a memória cultural e, ao mesmo tempo, promover a festa de forma mais abrangente", disse Nuías Silva.
A mesma fonte ressaltou que, com o apoio adequado, a Banderona tem o potencial para crescer ainda mais e consolidar-se não apenas como uma festa tradicional, mas como um ícone do turismo cultural.
"A cada ano, a festa ganha mais reconhecimento, mas precisamos de uma estruturação e melhor organização", afirmou o edil, para quem a expectativa é que, com os esforços conjuntos, a festa de Banderona se torne num cartaz cultural e turístico que pode beneficiar a comunidade local e atrair visitantes.
A festa da Banderona, a mais longa da ilha do Fogo, termina hoje na comunidade de Campanas de Baixo, depois de 24 dias de festejos, com almoço e passagem da bandeira ao festeiro de 2026.
Durante 24 dias a comunidade de Campanas de Baixo recebeu visita de um grande número de pessoas residentes e que vieram das outras ilhas, da diáspora, sobretudo dos Estados Unidos da América, e de turistas.
JR/AA
Inforpress/Fim
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