Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) – A Associação Cabo-verdiana de Luta contra Violência Baseada no Género (ACLCVBG) enfrenta sérios desafios relacionados com a escassez de recursos financeiros e humanos, que dificultam o empoderamento e a capacitação contínua dos activistas, avançou hoje a presidente, Vicenta Fernandes.
Esta revelação foi feita à Inforpress, à margem da abertura de uma formação destinada a associações comunitárias da Praia, Santa Catarina e do município de Santa Cruz, no Centro Cultural Português.
Segundo esta responsável, apesar das dificuldades, a associação tem avançado em sua missão, destacando a parceria com a organização americana Family & Community Resources (FCR).
“Nós, a associação foi até agora a única organização da sociedade civil cabo-verdiana que tem um protocolo com uma organização americana, isso é um motivo de orgulho”, expressou, asseverando que apesar de haver leis avançadas como a da Violência Baseada no Género e a lei da paridade, a situação da violência no país ainda é crítica.
A presidente reconheceu que o trabalho da sociedade civil é essencial, contudo destacou o compromisso da equipa que continua empenhada na busca por parcerias locais e internacionais que possam contribuir para superar os desafios enfrentados e fortalecer o combate à violência de género no país.
A parceria com a FCR, disse, tem como foco principal a formação e o intercâmbio de experiências com a comunidade cabo-verdiana no estado de Brockton, nos EUA, onde a temática da violência de género também é uma realidade preocupante.
“Nós achamos interessante ter essa parceria, conhecer a experiência, conhecer o trabalho que eles fazem lá em rede para dar resposta rápida à vítima de VBG”, salientou, avançando que o objectivo é trazer para Cabo Verde as boas práticas de resposta.
De acordo com Vicenta Fernandes, a associação, com 10 anos de actividade, conta com o propósito de trabalhar na prevenção e no apoio às vítimas de violência com base no género em Cabo Verde.
LT/JMV
Inforpress/Fim
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