Porto Novo: Líder comunitário considera estrada "decisiva" para evitar despovoamento de Dominguinhas

Porto Novo, 07 Mai (Inforpress) – O presidente da Associação Comunitária de Dominguinhas, no interior do município do Porto Novo, Ilaurindo Baptista, disse hoje que a estrada de acesso à localidade é “decisiva para evitar o despovoamento” desse vale agrícola.

Ilaurindo Baptista disse à Inforpress que a comunidade continua a sonhar com a estrada de acesso, infra-estrutura que considera “decisiva para evitar o despovoamento” desse vale agrícola de “grande potencial”.

“Sem estrada, a população vai acabar saindo de Dominguinhas, apesar do seu grande potencial agrícola. Os agricultores podem produzir muito, mas não têm como fazer o escoamento dos produtos”, notou o líder comunitário, informando que os jovens estão a deixar essa localidade.

Este responsável disse que o Governo prometeu avançar com a estrada, mas, até agora, a população não dispõe de qualquer informação sobre o projecto, que representa “a maior aspiração” da comunidade.

“Continuamos sem notícias da estrada e estamos muito preocupados, porque a estrada é decisiva para o futuro de Dominguinhas, que pode ficar sem população”, alertou a mesma fonte.  

O Ministério das Infraestruturas, através da Estradas de Cabo Verde, lançou em meados de 2024 o concurso para a elaboração dos estudos e do projecto de execução da estrada de acesso a Dominguinhas.

Através do edital, a que a Inforpress teve acesso, a Estradas de Cabo Verde solicitava às empresas especializadas a concorrerem para a elaboração dos estudos e do projecto de execução da estrada, que tem sido muito reivindicada pelos habitantes de Dominguinhas.

Nessa altura, a então ministra das Infra-estruturas assegurava que a estrada de Dominguinhas seria a próxima a ser construída em Santo Antão, depois das estradas para Ribeira Fria e Ribeira dos Bodes (Porto Novo) e para Caibros (Ribeira Grande) cujas obras já estão a decorrer.

A estrada de acesso à Ribeira Fria e Ribeira dos Bodes, iniciou-se em Janeiro e deve ficar concluída em dois anos, segundo a previsão.

JM/AA

Inforpress/Fim