Festividades/São Filipe: Comerciantes queixam-se de “fraco movimento” no baile/festival no Presídio

Inicio | Economia
Festividades/São Filipe: Comerciantes queixam-se de “fraco movimento” no baile/festival no Presídio
02/05/25 - 10:28 am

São Filipe, 02 Mai (Inforpress) – Os comerciantes presentes no baile/festival no Presídio, em São Filipe, manifestaram-se descontentes com o “fraco movimento” registado este ano, atribuindo a quebra ao elevado preço dos bilhetes, à fraca aposta no cartaz artístico e à reduzida presença de emigrantes.

Neste último dia do festival, a Inforpress ouviu várias vendedeiras que relataram uma quebra significativa nas vendas.

Os comerciantes apontam ainda que cada barraca teve um custo de 30.000 escudos, o que representa um “investimento significativo” num ano de fraca procura.

Para Eloy Barros, “este ano o movimento foi mais fraco. Normalmente o baile costuma encher, mas desta vez veio pouca gente e acho que o bilhete está muito caro, varia entre 1.500 e 2.000 escudos, e isso afasta as pessoas”.

“Se o bilhete é caro, é para trazer artistas mais fortes e conhecidos, este ano, os artistas não eram novidade, ou seja, estão muitas vezes à ilha”, sublinhou Eloy Barros.

Maria Antónia Teixeira reforça essa visão: “Este ano o movimento está mais fraco. A afluência foi muito pouca e a venda fraca. O bilhete está caro e nem barco há para trazer pessoas de fora.”

Considerou também que este ano, os concertos iniciaram muito tarde.

Suida Alves, outra vendedora, partilhou a mesma frustração.

“A venda foi má, completamente fraca, poucas pessoas se dirigiram ao Presídio, principalmente emigrantes, que este ano quase não apareceram”, acrescentou.

Disse ainda que os emigrantes, que costumam marcar forte presença no evento, foram muito reduzidos.

José Paulo foi mais crítico, considerando esta a “pior festa de São Filipe de todos os anos”.

“Bilhete caro demais, artistas fracos, por exemplo um casal pagar 3.000 escudos por dia e depois ainda têm que gastar em bebidas ou comida, assim fica muito caro”, apontou.

Avançou ainda que para os comerciantes que pagaram por cada barraca 30.000 escudos fica muito complicado.

Os comerciantes deixam um apelo para que, nos próximos anos, a organização reavalie os preços, aposte em artistas com maior capacidade de atrair público e garanta melhores condições logísticas para o sucesso do evento.

A edição deste ano das festividades do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe terminou na madrugada desta sexta-feira.

AV/CP

Inforpress/Fim

Partilhar