Cidade da Praia, 07 Abr (Inforpress) – A fundadora e CEO da Hausdown, uma agência de comunicação criativa, Ana Rita d'Almeida, afirmou hoje na Praia que é necessário adotar uma comunicação estratégica para alcançar sucesso no mundo artístico na era digital.
Essas declarações foram feitas à comunicação social durante a conferência da 11.ª edição do Atlantic Music Expo (AME), que teve como tema "Likes Don’t Pay the Bills: Strategic Communication to Make a Living from Music", onde Ana Rita partilhou a sua visão sobre os desafios e as oportunidades para os artistas na era digital.
A conferência, que gerou um “debate relevante” pela sua abordagem, teve como foco a importância da comunicação estratégica e do ecossistema de trabalho para que os artistas consigam transformar a sua arte num negócio viável.
Ana Rita d'Almeida, que trabalha com vários artistas lusófonos, incluindo músicos como Jocelyn, Miriam, Márcia, falou sobre o papel essencial da comunicação na promoção da carreira artística.
“Sem arte, não se vende. Precisamos sempre de um artista”, afirmou, destacando a importância de criar uma rede que permita que o trabalho dos artistas chegue ao público de forma eficaz.
Durante o evento, foi discutido que, embora as redes sociais sejam uma ferramenta poderosa, elas não são suficientes por si só.
Através de exemplos práticos e testemunhos do sector, como o de Jenny Spencer Medina, produtora cultural e manager de artistas; Vanessa Sanches, cofundadora da Bantumen, a primeira plataforma digital em português focada nas comunidades afrodescendentes lusófonas; e o artista mindelense Dieg, foi explorado como a comunicação digital deve ser parte de uma estratégia maior.
"Os likes nas redes sociais não pagam as contas", disse Ana Rita d'Almeida, explicando que é preciso uma abordagem mais estratégica para gerar ganhos reais. "Se eu mostrar que estou a comunicar um projecto com a Rolling Stone África, por exemplo, podem surgir novas oportunidades de trabalho", acrescentou.
Para Ana Rita d'Almeida, o maior desafio dos artistas nas redes sociais é o conhecimento profundo do seu público-alvo."Muitas vezes temos uma grande quantidade de seguidores, mas não sabemos quem são de facto", revelou. Para enfrentar esse obstáculo, destacou a importância de ter uma boa equipa de profissionais à volta do artista.
Por sua vez, o artista cabo-verdiano Djan Neguim enfatizou a importância de eventos como a conferência "Likes Don’t Pay the Bills: Strategic Communication to Make a Living from Music", que, além de proporcionar bons concertos e conexões com agentes internacionais, oferece espaços para reflexões e trocas de experiências.
Djan Neguim também sublinhou que, para um artista ser bem-sucedido, é necessário investir na sua imagem, reconhecendo que as redes sociais desempenham um papel vital na promoção artística.
A imagem, segundo o artista, chega antes do talento, e é fundamental que os artistas tenham uma boa presença online para atrair a atenção do público e gerar oportunidades.
JBR/CP
Inforpress/Fim
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