Sem ecossistema capaz de funcionar ponta a ponta as pequenas empresas poderão sentir dificuldades de sobrevivência - ministro

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Sem ecossistema capaz de funcionar ponta a ponta as pequenas empresas poderão sentir dificuldades de sobrevivência - ministro
10/03/25 - 07:31 pm

Cidade da Praia, 10 Mar (Inforpress) - O ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial considerou hoje que sem a criação de um ecossistema com capacidade de funcionar de ponta a ponta, as micro, pequenas e médias empresas poderão sentir “imensas dificuldades” de sobrevivência.

Eurico Monteiro falava no encontro do Conselho de Presidentes da ECOWAS Small Business Coalition (ESBC) que decorre de hoje a sábado no TechPark, com o objectivo de alinhar a visão estratégica da ESBC, fortalecer os frameworks operacionais e impulsionar iniciativas de impacto voltadas para o apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) na região da CEDEAO.

“Sem a criação de um ecossistema com capacidade de funcionar ponta a ponta, de apoiar com acompanhamento minucioso, desde a formação da ideia de negócio, montagem dos projectos, buscas de financiamento, apoio na formação de capital, suporte nos créditos e garantias, às micro, pequenas e médias empresas poderão sentir imensas dificuldades de arranque e de sobrevivência”, clarificou o governante.

Neste capítulo, observando que há ainda “muito caminho” a percorrer, Eurico Monteiro examinou, entretanto, que as mulheres nesta região, mas não só, têm vindo a ganhar uma preponderância crescente, não apenas nos tradicionais cuidados especiais da família, mas particularmente no empreendedorismo, investigação, ciência, no trabalho de uma forma geral, e, consequentemente, no rendimento das famílias.

Segundo a mesma fonte, o instrumento de liberalização do comércio na região da CEDEAO, o Acordo de Livre Comércio Continental Africano são desafios e oportunidades de grande impacto no desenvolvimento da África, representa “enormes potencialidades”, mas que pode constituir, também, um problema para as micro, pequenas e médias empresas.

“Se não estiverem preparadas na montagem dos seus projectos, na ideia dos seus negócios, na qualidade da sua gestão, na capacidade de aproveitamento das sinergias e no uso de tecnologias cada vez mais ousadas e mais inovadoras”, completou, observando que Cabo Verde tem feito esforço no sentido de criar um ecossistema credível, o qual tem funcionado com nível “mais do que razoável”.

Eurico Monteiro concluiu, referindo que se é certo que o Estado e as outras instituições sociais ou de financiamento em regime de facilidade assumem obrigações, também não é menos certo que a responsabilidade e a responsabilização dos empreendedores devem ser “claras e inequívocas”.

“Pois, que todo o incumprimento não só contribui para corroer a robustez do sistema, como também, em larga medida, pode levar a um colapso do sistema. Visibilidade, transparência, pedagogia, apoios técnicos, logísticos e financeiros, mas também exigências, responsabilidades e responsabilização sempre que necessárias”, finalizou.

O fórum de alto nível estará alinhado com a Visão 2050 da CEDEAO, o AfCFTA e o ETLS, posicionando a região para aproveitar oportunidades comerciais inexploradas e fortalecer as bases institucionais para um desenvolvimento sustentável.

SC/JMV

Inforpress/Fim

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