“Processo do Hospital Nacional de Cabo Verde não é fácil” – ministro da Saúde

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“Processo do Hospital Nacional de Cabo Verde não é fácil” – ministro da Saúde
16/10/25 - 03:48 pm

Cidade da Praia, 16 Out (Inforpress) – O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, reconheceu hoje que o Hospital Nacional de Cabo Verde “não é um processo fácil” e que o Governo está a discutir diariamente as condições financeiras para o seu desenvolvimento.

O governante garantiu que se está a trabalhar as “condições programáticas” em relação àquela futura infra-estrutura de saúde, bem como a sua organização, funcionalidade e seus objectivos.

Jorge Figueiredo fez estas considerações sobre futuro hospital de referencia, ao ser abordado pela imprensa, à margem do acto de abertura do III Simpósio Internacional promovido pela Escola Universitária Católica de Cabo Verde, em que estão a ser debatidos os desafios colocados à investigação científica no concernente à filosofia e à bioética.

Para o ministro da Saúde, a bioética é uma “prática individual de cada médico”.

“(…) O médico, durante a sua formação profissional, é dotado do conhecimento sobre a bioética”, apontou, acrescentando ainda que ao clínico é-lhe ensinado a comportar-se tendo em conta a globalidade da sua intervenção.

“Mas nós não sabemos, na nossa individualidade, que cada médico, ou que cada enfermeiro, reproduza o seu ensinamento, a sua forma”, frisou o ministro, ele que é também médico de formação.

Para Figueiredo, o importante é que o sistema de saúde se organize de modo a exigir que o comportamento dos técnicos se vá aproximando daquilo que se tem de conceito, do humanismo.

Na sua perspectiva, é preciso que esses profissionais tenham sempre presente que estão a tratar seres humanos.

“A nossa ética tem que ser fundamental nessa relação médico-paciente, enfermeiro-paciente e técnico de saúde-paciente”, concluiu o ministro.

Para Jorge Figueiredo, a questão ética e a bioética na análise sobre a prestação dos cuidados, são “extremamente importantes”.

Instado sobre os últimos casos de paludismo registados no arquipélago, o ministro admitiu que Cabo Verde está permanentemente sob a condição de perder o certificado da Organização Mundial de Saúde que lhe foi atribuído no ano passado, como estando livre da referida doença.

“Por causa da nossa situação climatérica, as alterações climáticas que estão a ocorrer, as altas temperaturas, as chuvas e, particularmente, a nossa própria cultura, que, digamos, não é muito favorável para a permanência da situação de não-paludismo”, apontou o titular da pasta da Saúde.

Para ele, o comportamento das pessoas e de instituições, como as câmaras municipais, não contribuem positivamente para evitar que o paludismo efetivamente entre.

LC/AA

Inforpress/Fim

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