Primeiro-ministro aponta como prioridade tornar Cabo Verde mais resiliente e erradicar pobreza extrema

Cidade da Praia, 16 Jul (Inforpress) - O primeiro-ministro considerou hoje que Cabo Verde está num bom ritmo para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e sublinhou que a prioridade é tornar o país mais resiliente, erradicar a pobreza extrema e diversificar a economia.

Ulisses Correia e Silva falava à imprensa, no final da reunião de alto nível com a equipa das Nações Unidas em Cabo Verde para fortalecer e acelerar a cooperação para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do país, discutir o alinhamento às prioridades estratégicas nacionais e as agendas internacionais, tais como os ODS e a Agenda África 2063.

Para o chefe do Governo, apesar de Cabo Verde estar num bom ritmo, existem ainda desafios a nível mundial uma vez que todos os países foram sujeitos a crises muito fortes, que, de certa forma, abalaram o ritmo de desenvolvimento para atingir a agenda 2030.

Elegeu como prioridades, o desenvolvimento do capital humano, reduzir as vulnerabilidades do país a choques externos, tornar as ilhas mais resilientes através da acção climática e ambiental, particularmente a transição energética.

“Diversificar a nossa economia e erradicar a pobreza extrema é também um outro objectivo e que foi aqui muito discutido nos nossos encontros (…) no sentido de fazermos a máxima concentração de esforços para atingirmos este objectivos em 2030”, avançou.

Segundo disse, o país está empenhado em acelerar e, na medida do possível, atingir um nível relativamente bom daquilo que são os 17 objectivos definidos.

Para tal, reconheceu que serão necessários mais recursos para Cabo Verde atingir esses objectivos.

“Quanto mais recurso disponibilizado, em menos tempo, maior produção de resultados, mas com o sistema das Nações Unidas não trabalhamos apenas no financiamento, mas na assistência técnica, na capacitação, no apoio à elaboração de projectos”, precisou

Por outro lado, realçou que as Nações Unidas têm ajudado o país também na mobilização de recursos através de outras agências e organizações internacionais.

O primeiro-ministro considerou que a relação entre Cabo Verde e as Nações Unidas tem sido ampla e com flexibilidade em várias áreas de modo a procurar as melhores soluções para o desenvolvimento sustentável.

Lembrou ainda que em Setembro do próximo ano, Cabo Verde e Nações Unidas celebram 50 anos de parceria, e assegurou que essa comemoração vai ser integrada nas celebrações do 50 aniversário da Independência de Cabo Verde.

Ulisses Correia e Silva afirmou que esta reunião de alto nível foi instituída e irá acontecer todos os anos e de forma articulada e concertada com as diversas representações das agências das Nações Unidas fazer o alinhamento, a avaliação.

Na mesma linha, disse que constitui também um momento de reconhecimento daquilo que têm sido as relações entre Cabo Verde e as Nações Unidas, que abarcam várias áreas de intervenção nomeadamente social, económica, ambiental, climática e a sustentabilidade.

AV/CP

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