Cidade da Praia, 03 Mai (Inforpress) - O Presidente da República, José Maria Neves, destacou hoje, na cidade da Praia, a importância da língua portuguesa para a reinserção do povo cabo-verdiano no mundo, reiterando a necessidade de torná-la a língua oficial das Nações Unidas.
O chefe de Estado fez estas declarações durante o seu discurso na sessão aberta evocativa promovida pelo o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), no âmbito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala a 05 de Maio.
“Penso que no dia de hoje devemos fazer tudo para destacar a importância fundamental desta língua para a nossa inserção no mundo, é nosso dever pois de aprender muito bem a língua portuguesa e projetá-la no mundo como estamos a fazer todos os dias”, ressaltou.
“Nesta linha devemos continuar a trabalhar para ainda durante o mandato do secretário-geral António Guterres para a língua portuguesa passar a ser a língua oficial das Nações Unidas e de outros organismos internacionais”, completou José Maria Neves.
O Presidente da República reforçou ainda a importância de os cabo-verdianos dominarem bem a língua nacional [o crioulo] como a melhor forma de aprender português.
Ressaltou ainda que as comemorações dos 50 anos da libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, que aconteceram no dia 01 de Maio, não só marcaram um momento histórico, mas também lançaram um olhar para o futuro, especialmente com a iminente celebração dos 50 anos das independências dos países africanos de expressão portuguesa, em 2025.
“Então, nesses tempos de celebrações é importante lembrarmos a força da língua portuguesa e a língua nos permite expressar os nossos pensamentos, sentimentos, as nossas emoções, os nossos ideias, expressar a nossa liberdade e nem sempre estivemos livres para expressar todos os nossos anseios, todos os nossos sentimentos”, frisou José Maria Neves.
O chefe de Estado, por outro lado, alertou para os receios persistentes em relação à liberdade de expressão, especialmente em um contexto global complexo e desafiador, indicando que muitos ainda são privados do direito fundamental de se expressarem, enfrentando violência, guerras e desumanidade.
“É crucial solidarizarmo-nos em português com aqueles que ainda sofrem e são subjugados”, ressalvou.
TC/CP
Inforpress/Fim
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