Presidente do Sindep classifica “de extrema gravidade” fuga de informação na Prova Nacional de Inglês

Inicio | Sociedade
Presidente do Sindep classifica “de extrema gravidade” fuga de informação na Prova Nacional de Inglês
11/06/25 - 01:00 pm

Cidade da Praia, 11 Jun (Inforpress) – O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Jorge Cardoso, classificou como “de extrema gravidade” a alegada fuga de informação na Prova Nacional de Inglês do 12.º ano, que terá ocorrido em pelo menos três liceus do país.

Estas declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa convocada para abordar outra questão, a da não publicação da lista de transição dos professores no âmbito do Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR).

Jorge Cardoso afirmou que a responsabilidade por este tipo de ocorrência recai diretamente sobre o Ministério da Educação e a Direção-geral do Ensino, salientando que as provas são elaboradas por equipas especializadas e posteriormente validadas pela Direção Nacional da Educação.

“É fundamental apurar como é que estas informações saíram e quem são os responsáveis”, sublinhou.

O sindicalista revelou que teve conhecimento do caso através das redes sociais e da conferência de imprensa da deputada do PAICV, bem como por chamadas de colegas que denunciaram o sucedido. 

No entanto, alertou para a possibilidade de o problema ser mais alargado.

“Com os meios de comunicação que temos hoje, não sabemos quantas mais escolas poderão ter tido acesso à prova”, vincou.

Jorge Cardoso defendeu a necessidade de se manter o sigilo e a integridade das avaliações, lembrando que a fuga de informação compromete não apenas o processo educativo, mas também a credibilidade do sistema de ensino.

“Se estas situações acontecem a este nível, o que estará a acontecer dentro das salas de aula”, questionou.

O presidente do Sindep mostrou-se ainda crítico em relação ao que considerou uma politização da educação, e que segundo ele a educação, saúde e segurança não devem ser politizadas.

“Podemos ter as nossas opções políticas, mas não podemos influenciar a juventude nesse sentido”, disse, acrescentando que a situação é “de tamanha gravidade” que, se fosse ele o aluno, provavelmente não responderia a uma prova nestas condições.

JBR/AA

Inforpress/Fim

Partilhar