
Cidade da Praia, 30 Out (Inforpress) - A presidente da Associação “Dix Étoiles”, agremiação radicada em França, Emilie da Veiga Moura, enalteceu hoje, na cidade da Praia, a importância da saúde mental na resposta às vítimas de Violência Baseada no Género (VBG).
Na abertura da formação “Violência e Trauma”, realizada em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Luta contra Violência Baseada no Género (ACLCVBG), a dirigente da associação “Dix Étoiles” (Dez Estrelas, em português) explicou que a associação foi criada a 08 de Março de 2025, juntamente com as suas duas irmãs.
A decisão, explicou, resultou das suas experiências pessoais e profissionais ligadas ao bem-estar psicológico com o objectivo de promover a saúde mental da comunidade cabo-verdiana em França e em Cabo Verde.
A responsável, também terapeuta de carreira, com mais de 25 anos de experiência, trabalha com vítimas de violência e é especialista em hipnose e EMDR, técnicas direccionadas ao tratamento do trauma.
Explicou que a associação tem desenvolvido apoio psicológico à comunidade cabo-verdiana na diáspora e sublinhou que o intercâmbio com Cabo Verde permitirá alargar o impacto deste trabalho.
Por sua vez, a presidente da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Género (ACLCVBG), Vicenta Fernandes, enalteceu a importância desta colaboração, afirmando que a formação é um passo importante na prevenção e no combate à VBG.
“O nosso objectivo é combater e prevenir a violência, porque sabemos que as pessoas que vivem fora do país enfrentam realidades muitas vezes mais difíceis”, declarou.
Fernandes sublinhou que a experiência da Emilie da Veiga Moura é de uma “grande valia” para Cabo Verde e para o trabalho da associação.
A vereadora da Câmara Municipal da Praia, Suely Carvalho, responsável pelos pelouros da Reinserção Social, Acção Social, Terceira Idade, Saúde e Género, por seu lado, destacou a relevância do tema e sublinhou que o trauma é uma realidade vivida no país.
“Da nossa parte, é com abertura e alegria que acolhemos mais uma actividade da associação, porque falar de trauma é também uma realidade vivida em Cabo Verde”, disse.
A autarca recordou que muitos traumas têm origem na infância e acrescentou que a diáspora representa um desafio adicional para os cabo-verdianos que vivem fora do país.
Carvalho reforçou a necessidade de acções conjuntas nas áreas de saúde mental e da igualdade de género.
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Inforpress/Fim
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