Cidade da Praia, 22 Abr (Inforpress) – O presidente da Assembleia Nacional (AN), Austelino Correia, esteve na tarde de hoje no Bispado, no plateau, onde assinou o livro de condolências pelo falecimento do Papa Francisco.
Em declarações à imprensa, Austelino Correia referiu que foi com sentimento de profunda condolência que deixou algo escrito em homenagem ao Papa Francisco, tendo em conta a passagem, conforme sublinhou, de um homem de uma dimensão humana e de amor pouco comuns, um “grande promotor” da paz, da sã convivência, da solidariedade entre as pessoas e as nações, da inclusão daqueles que estão mais na periferia do mundo, mas também na periferia da fé.
Ao fazer essa apreciação, considerou que o falecimento do Papa Francisco é uma grande perda, não só para os cristãos, para a Igreja Católica, mas para todos os cidadãos do mundo inteiro que partilham e cultivam valores e princípios promovidos e defendidos pelo Santo Padre.
“De maneira que eu quis vir aqui prestar uma justa homenagem ao Papa Francisco e manifestar as minhas mais sentidas condolências a sua eminência, o cardeal D. Arlindo, enquanto Bispo da Diocese de Santiago e também deixar algo escrito para todas as igrejas de Cabo Verde e para o Bispo da Diocese do Mindelo”, manifestou.
Nessa mensagem de condolências em jeito de homenagem ao Sumo Pontífice, a mesma fonte disse ter acentuado, sobretudo, a parte da solidariedade, da fé, da serenidade, que caracterizava o Papa Francisco.
“Temos de cultivar valores e princípios que nos levam um pouco mais para a tolerância, o respeito pela diferença. Nós não somos iguais, mas não podemos pretender que somos donos da verdade, não existe a verdade absoluta, cada um com a sua forma de pensar, com a sua forma de ver as coisas, mas devemos sempre ouvir o outro, porque quando ouvimos o outro, partilhamos, debatemos ideias, sairemos sempre mais ricos e o mundo sairá a ganhar”, comentou.
“Sobretudo para nós políticos. Creio que temos que ter essa cultura de ouvir o outro mais do que falar… e a tendência é contrária. Exercemos o poder em nome do povo e, portanto, temos de trabalhar para, de facto, debelar os grandes problemas desse povo que nos confia o seu poder”, contemplou.
O Papa Francisco faleceu na segunda-feira, 21, aos 88 anos, na sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) que originou coma e paragem cardiorrespiratória irreversível.
O documento médico, de acordo com a Vatican News, realçou que o Papa apresentava histórico de insuficiência respiratória aguda por pneumonia bilateral multimicrobiana, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo II.
Francisco foi o papa número 266, ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, sendo também o primeiro Papa latino-americano, deixa legado de “tolerância e diálogo”.
SC/HF
Inforpress/Fim
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