Praia: Grupo Teatral Salina apresenta hoje peça “Nha Kansera ka tem midida" no Auditório Nacional 

Inicio | Cultura
Praia: Grupo Teatral Salina apresenta hoje peça “Nha Kansera ka tem midida" no Auditório Nacional 
21/03/24 - 07:48 pm

Cidade da Praia, 21 Mar (Inforpress) - O Grupo Teatral Salina, da ilha do Maio, apresenta hoje no Auditório Nacional, na Praia, uma história verídica que retrata as consequências da crise de fome que afectou Cabo Verde no ano de 1947.

A personagem principal, que será interpretada por Nereida Lopes, mostra a história singular de uma mulher que perdeu um bebe de poucos meses após ficar três dias sem alimento, isto por causa do mau tempo que condicionou o transporte entre as ilhas.

Conforme relatou o presidente do grupo e dramaturgo Ney Tavares em entrevista à Inforpress, a ilha se viu submersa numa onda marcada pela seca e fome porque os barcos à vela responsáveis pelo transporte de alimentos a partir da ilha de Santiago ficaram retidos em Pedra Badejo, Santa Cruz.

A mulher, durante três dias sem nada para alimentar a criança, com intensas buscas conseguiu uma pequena quantidade de farinha que até então não seria alimentada pela bebe, que pela sua infelicidade, já estaria praticamente morta.

O objectivo da peça, que vai ser apresentada às 19:00, avançou, para além de demonstrar a força e persistência da mulher cabo-verdiana, é revelar o passado da ilha a restante da população.

“Tanto no palco de hoje, como na ilha do Maio vai ser não só teatro, mas música ao vivo, são três actores e três músicos. Vai ser uma noite recheada de teatro, música e poesia” garantiu, adiantando que a peça será apresentada à mesma hora, no dia 27 na Assembleia Municipal do Maio.

Segundo realçou, a peça “Nha Kansera ka tem midida”, lançada em 2010, faz actualização com informações conseguidas através de reportagens e entrevistas feitas as pessoas da ilha.

No Dia Mundial do Teatro, que se assinala a 27 de Março, também Dia  da Mulher Cabo-verdiana, Ney Tavares pediu mais atenção das autoridades e da sociedade civil por se tratar de “uma arte viva” que passa mensagens importantes às pessoas.

LT/CP

Inforpress/Fim

Partilhar