Praia: MpD acusa edilidade de gestão “ilegal e danosa” do património municipal (c/áudio)

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Praia: MpD acusa edilidade de gestão “ilegal e danosa” do património municipal (c/áudio)
11/09/25 - 02:35 pm

Cidade da Praia, 11 Set (Inforpress) – A bancada do Movimento para a Democracia (MpD-oposição) na Assembleia Municipal da Praia acusou hoje Francisco Carvalho de gestão “ilegal e danosa” do património municipal, considerando a “venda irregular” de terrenos da Babilónia e delapidação dos bens públicos.

A denúncia foi feita pelo porta-voz da bancada do MpD, Esmael Teixeira, durante uma conferência de imprensa convocada para o efeito.

Em causa, segundo a mesma fonte, está a “venda irregular” de terrenos na zona da Babilónia, onde se encontram 29 moradias construídas pelo Estado há mais de 40 anos.

“Acha-se no direito de vender um terreno com 29 moradias construídas pelo Estado há mais de 40 anos, sem dar cavaco ao Estado de Cabo Verde, legítimo proprietário das moradias, sem dar cavaco à Assembleia Municipal, desprezando a sua própria bancada e a presidente da Assembleia Municipal”, comentou.

Com isso, Esmael Teixeira depreendeu que “fica de vez”, demonstrado que esta é a Assembleia Municipal “mais desrespeitada” da história de Cabo Verde e democrático, reprovando o “desprezo” de Francisco Carvalho pelas leis e as mais elementares regras de gestão da coisa pública.

O porta-voz do MpD denunciou ainda que Francisco Carvalho terá celebrado um “contrato bizarro”, conferindo a uma pessoa o poder de vender três “grandes” lotes de terrenos municipais por cerca de 200 mil contos, com o valor a ser depositado na conta de uma empresa da capital.

“Como forma de pagar uma dívida, sem a autorização da Assembleia Municipal, como é seu hábito, e contando com o habitual silêncio cúmplice da maioria da Assembleia Municipal, que nem sequer se dá à decência de torcer o nariz", acusou.

Esmael Teixeira vai mais longe referindo ainda que o silêncio da maioria da Assembleia Municipal e a “estranha e gritante” morosidade da justiça têm alimentado a “trapaça, o desregramento e a ilegalidade desbragada no Município da Praia”.

“Praia está a ser sacrificada para financiar a campanha eleitoral de Francisco Carvalho em Cabo Verde e na imigração, pelo desregramento e descaso, pelo desleixo, incompetência, dilapidação do patrimônio municipal, pelo abandalhamento da gestão e pelo populismo barato, numa estratégia de caça aos votos, sobretudo dos mais desfavorecidos”, sentenciou.

SC/CP

Inforpress/Fim

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