Lisboa, 21 Jun (Inforpress) – O escritor e ensaísta cabo-verdiano José Luís Hopffer Almada disse hoje, em Lisboa (Portugal), que não compreende a falta de pagamento dos direitos de autor em Cabo Verde, por exemplo pelos restaurantes, rádios e televisões, sobretudo as estatais.
“Não compreendo como é que no caso de Cabo Verde o Ministério da Cultura tem a tutela sobre as sociedades de autores, como a Sociedade Cabo-verdiana de Autores (Soca), mas antes tinha sob os meios de comunicação social privados e públicos, e as rádios e televisões sobretudo as públicas não pagam direitos de autor”, questionou em declarações à Inforpress o também investigador e crítico literário.
Ou seja, continuou é “incompreensível e não há justificação”, tendo em conta que as leis sobre direitos de autor estão criadas e Cabo Verde é membro da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
José Luís Hopffer Almada, que deixou claro que está a fazer uma “crítica violenta” sobre este incumprimento da lei de direitos de autor, lamentou o facto de os músicos serem considerados pelos políticos “maiores embaixadores” de Cabo Verde e da cultura cabo-verdiana e o trabalho dos mesmos não estar a ser valorizado.
Apesar de se estar a cobrar “alguma coisa” que tem a ver com a cópia privada, o entrevistado da Inforpress insistiu que é preciso que as televisões, as rádios, os restaurantes e em todos os sítios onde haja público e com música ambiente que estes paguem os direitos de autor.
FM/ZS
Inforpress/Fim
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