Porto Novo/Planalto Norte: Criadores de gado defendem que confinamento do gado vai exigir investimentos em currais

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Porto Novo/Planalto Norte: Criadores de gado defendem que confinamento do gado vai exigir investimentos em currais
02/12/25 - 03:32 pm

Porto Novo, 02 Dez (Inforpress) – Os criadores de gado do Planalto Norte, no município do Porto Novo, em Santo Antão, defenderam hoje que o sucesso do processo de confinamento do gado nesse planalto vai depender dos investimentos na construção de currais.

O representante dos criadores de gado, Maduino Lima, disse à Inforpress que, praticamente, todos os criadores não possuem currais, sugerindo ao Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) a pensar num programa que ajudasse os criadores na construção dos currais para o confinamento do gado.

O confinamento do gado do Planalto Norte tem estado a ser debatido tendo em conta a necessidade da protecção do parque natural de Topo de Coroa, onde as espécies endémicas continuam a ser ameaçadas pelo pastoreio livre, para a inquietação do MAA e dos ambientalistas.

A Terrimar, uma associação de cariz ambiental que tem estado a actuar na protecção das espécies endémicas no parque natural de Topo de Coroa, tem estado a defender “uma intervenção de grande porte” na protecção desta área protegida, propondo, sobretudo, a construção de currais para confinar o efectivo pecuário.

O porta-voz dos criadores admite que a classe está sensibilizada em relação à necessidade de se proteger esse parque e incita o MAA a montar um programa que visa apoiar os criadores construção de currais para o confinamento das cerca de oito mil cabeças de gado.

Maduino Lima disse que apenas sete dos 160 criadores de gado no Planalto Norte conseguiram, até agora, confinar o seu efectivo.

O processo de confinamento do gado no Planalto Norte insere-se no âmbito do projecto de protecção do parque natural do Topo de Coroa, que se situa nesse planalto, cuja biodiversidade endêmica tem sido ameaçada pelo pastoreio livre.

O parque natural do Tope de Coroa, com uma extensão de 85 quilómetros quadrados, sendo a maior área protegida terrestre em Cabo Verde, dispõe de 61 por cento (%) de espécies de plantas endémicas de Cabo Verde, muitos dos quais consta da lista de espécies em vias de extinção devido à acção dos animais.

JM/ZS

Inforpress/Fim

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