
Cidade da Praia, 08 Out (Inforpress) – A UCID destacou hoje a importância de fortalecer o ensino da língua materna e a preservação da identidade cultural cabo-verdiana no sistema educativo, alertando para a necessidade de uma educação inclusiva, de qualidade e adaptada às especificidades do país.
Em sua intervenção, durante o debate parlamentar com o ministro da Educação, na primeira sessão plenária de Outubro, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), Dora Pires sublinhou que o sistema educativo deve abranger todo o território nacional e combinar os meios e recursos disponíveis para atender às exigências da sociedade.
“O sistema educativo é o instrumento através do qual se concretiza o direito à educação e se desenvolve o potencial de cada criança. É responsabilidade do Ministério da Educação garantir que ele funcione de forma organizada, abrangendo alunos, professores e todas as estruturas”, afirmou.
A parlamentar frisou a importância de valorizar a língua cabo-verdiana como instrumento de desenvolvimento cognitivo e preservação cultural.
“É fundamental que o ensino contemple a nossa língua materna, pois ela é suporte da identidade cultural e da consciência nacional. Um sistema educativo de qualidade deve promover a cabo-verdianidade em todas as suas dimensões”, defendeu.
Dora Pires saudou ainda o regresso do pré-escolar ao Ministério da Educação e alertou para o abandono escolar, lembrando que no último ano lectivo, 2.600 crianças ficaram fora do sistema e que o Governo deve garantir que nenhuma criança seja deixada para trás, desde o pré-escolar até ao ensino universitário.
A deputada reforçou a necessidade de modernização digital das escolas com destaque para a transição digital passa por reforçar laboratórios de tecnologia aposta na internet mais rápida e acessível, permitindo aos alunos o desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI.
Por fim, Dora Pires concluiu que o sistema educativo deve reflectir os valores da cabo-verdianidade, promover a inclusão e responder às demandas da sociedade.
“Será que estamos no caminho certo?”, questionou, considerando que muito ainda precisa ser feito em relação ao Ministério da Educação, e que o debate com o ministro é fundamental para identificar as prioridades do sector.
CM/CP
Inforpress/Fim
Partilhar